A reforma é um caminho importante para fazer com que a casa fique com a sua cara. No entanto, esse processo nem sempre é tranquilo, podendo ser marcado por imprevistos, bagunça e gastos. No entanto, muitos aborrecimentos podem ser evitado com planejamentos simples, alguns investimentos e cuidados.
Pode parecer difícil, mas não leva muito tempo para fazer os planejamentos de proteção para que a obra não prejudique os ambientes e nem seus itens decorativos . Para isso, o arquiteto Bruno Moraes dá dicas de como proteger e organizar os itens da sua casa durante uma reforma.
Planejamento
Antes de colocar a mão na massa, Moraes aconselha que seja realizado um planejamento para saber quais atividades serão realizadas a cada dia. Assim, é possível ter uma noção de quanto tempo a obra vai durar. Não se esqueça que, depois que a reforma estiver concluída, existe um processo rigoroso de limpeza e arrumação para manter tudo em ordem.
Escolha os materiais ideais para proteger
Moraes explica que existem diversas superfícies, como lonas e mantas, que devem ser usadas para evitar que algum móvel ou canto da casa seja danificado devido à reforma. Os mais utilizados são:
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- Lona de plástico: pode proteger contra riscos superficiais, poeira e tinta. É melhor ser instaladas no teto e nos pisos de maneira que formem uma cortina fixa. Assim, o pó não circula de um cômodo para o outro.
- Papelão ondulado: além de poeira e riscos mais fundos, é ótimo para conter impacto. Mas tome cuidado, pois se dissolve facilmente se tiver umidade próximo dele e pode manchar o que você quer proteger. Se optar por esse tipo de material, tenha em muita quantidade, pois será necessário fazer trocas.
- Mantas emborrachadas: tem resistência maior contra impactos, mas também protege de poeiras e riscos. No entanto, o custo do material é mais alto, mas Moraes as recomenda devido à garantia de segurança.
- Manta de polietileno ou madeirites: protege contra impactos enquanto a obra está acontecendo.
- Manta impermeabilizante: ideal para usar para conter umidade. Pode ser posicionada em varandas que não possuem proteção de vidro e, assim, manter a reforma próxima do local intacta.
- “Salva pisos”: o Salva Pisos é similar a um plástico bolha, mas é mais resistente. Ele é fixo em papel kraft. Ajuda a conter impactos, poeira, riscos, respingos de tinta e líquidos.
Moraes explica que é necessário buscar os materiais com preço em conta, mas que não sejam tão baratos. Por oferecerem menor resistência, será necessário trocá-los com frequência, o que pode atrasar a obra.
O arquiteto também indica a mescla de diversos tipos de materiais protetivos capazes de resistir a diversos tipos de adversidades. “Não adianta apenas cobrir uma bancada de pedra ou piso com uma lona preta, pois ela salvaguarda apenas a incidência de sujeiras e umidade. Todavia, caso ocorra a queda de algum objeto pesado, não haverá nenhuma proteção contra impacto”, explica como exemplo.
Retire tudo que pode ser danificado do local
Moraes afirma que é importante ficar de olhos bem abertos em relação ao que está posicionado em cada mobília. É importante ter atenção redobrada com objetos de vidro, pisos, revestimentos, tampos e móveis. Para mantê-los intactos, lembre-se de guardá-los em um local seguro. Envolva os objetos com papelão liso ou corrugado, lonas, mantas impermeabilizantes e plástico bolha, seja normal ou do tipo “salva piso”.
Pintura
Quando se trata de pintura de paredes , é essencial que não aconteçam esbarrões ou que a tinta fresca não seja exposta a umidade. Moraes indica o uso de plástico bolha, normal ou tipo “salva piso”, lona, vinil ou madeirite para protegê-la. O arquiteto reforça a importância isolar o local adequadamente para que a tinta não escorra e nem atinja o piso. Moraes sugere ainda o uso de fita de pintura em portas, interruptores e itens próximos das paredes para não manchá-los.
Piso
A proteção do piso é um passo muito importante durante a obra, já que há propensão de riscos e de impactos que podem causar deformações. No momento da pintura, o chão pode receber respingos, causando manchas que nem sempre são fáceis de tirar.
Tenha em mente que cada piso requer um tipo de proteção. Para assoalhos de madeira, Moraes indica que o papelão não seja ondulado para baixo, porque pode marcar o chão. Unir um papelão no outro também está fora de questão, porque isso impedirá que o piso respire. Se o piso for de porcelanato, pode-se usar papelão e vedar as frestas com fita colante. Assim, nenhuma sujeira da reforma cairá em baixo do piso.
Cuidado com tempo adverso
Moraes afirma que algumas reformas sofrem imprevistos porque não há preparação para as intempéries, como vento forte, chuva e poeira. Isso tende a acontecer em apartamentos com varanda ou em casas com espaços muito abertos. Por isso, ele reforça a importância do uso de mantas protetoras adequadamente, do chão ao teto. Em casos de obras em fachadas, o ideal é o uso de tapumes.