Em 2018, diversas mães compartilharam suas experiências com a amamentação e, com isso, nos ensinaram muito sobre o ato de amamentar . Foram mães cegas, estudantes, policiais e mulheres vítimas de câncer. Cada uma com a sua história e trajetória, mas todos com boas lições para nós.
Pensando nisso, listamos alguns relatos de amamentação que marcaram 2018. Relembre:
Mães podem amamentar em qualquer lugar
Amamentar em público ainda é um tabu muito grande. Algumas pessoas consideram o gesto como obsceno, outras acreditam que deve ser algo íntimo entre a mãe e a criança e algumas chegam até a ter nojo. Por isso, muitas mulheres são “orientadas” a cobrir a parte do corpo exposta quando estão dando de mamar.
Diante de uma dessas “orientações”, uma mãe norte-americana resolveu responder um desconhecido que pediu que ela cobrisse o seio. Como forma de protesto, Melanie Dudley resolveu cobrir o próprio rosto ao invés de cobrir o bebê. Relembre o caso .
Lutar contra o tabu da amamentação é um dever
Mais uma mãe que decidiu quebrar tabus. Cansada de lidar com essa questão, a modelo Mara Martin desfilou amamentando sua filha Aria, de cinco meses. A repercussão foi positiva e durante o desfile a modelo recebeu uma onde de aplausos apoiando sua atitude.
“Eu fico muito agradecida em poder compartilhar essa mensagem, tentar normalizar a amamentação e também mostrar aos outros que mulheres podem fazer de tudo!”, escreveu a modelo em seu Instagram no dia após o evento. Relembre o caso .
Amamentação pode ser prolongada
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda amamentar os bebês exclusivamente até os seis meses e manter o leite materno até, pelo menos, dois anos de vida. Ainda assim, algumas mulheres continuam amamentando após esse período, é a chamada amamentação prolongada. No entanto, nem sempre as outras pessoas entendem isso e acabam julgando as mães pelo ato.
Foi o que aconteceu esse ano com a fotógrafa Reka Nyari, que sofreu com a retaliação de uma passageira em um voo de volta para casa. Ao amamentar a filha, ela ouviu insultos da mulher sentada a sua frente. Nas redes sociais, Reka deu uma lição sobre o tema. "Amamentar é natural e nossos peitos foram feitos para alimentar nossos bebês. Associar amamentação com sexo ou perversão é perturbador", falou a fotógrafa. Releia a história .
Você viu?
Amamentação pode unir mulheres
A britânica Ellie Webster foi impedida de amamentar sua filha de apenas uma semana de vida em um restaurante. Os funcionários do estabelecimento pediram que ela fosse até o banheiro de deficientes se quisesse amamentar a sua filha ali. “Nunca me senti tão humilhada e constrangida”, escreveu Ellie em sua página no Facebook.
O que o estabelecimento não esperava é que o caso resultaria na união de várias mulheres que se solidarizaram com a história de Ellie. Alguns dias após o ocorrido, dezenas de mulheres partiram para o restaurante e protestaram contra o que aconteceu com a mãe, revelando a força da união entre muitas mulheres. Relembre o caso .
É possível ser mãe, estudante e trabalhadora
Em outubro, Isis dos Santos, 29 anos, foi assunto nas redes sociais por compartilhar uma foto onde aparece de beca amamentando sua filha Paolla, de 2 anos e meio. A foto foi tirada para o álbum de formatura da sua graduação em Estética pelo Centro de Ensino Profissionalizante do Rio Grande do Norte (CEPRN) e representa toda a luta da jovem para conciliar diversos aspectos da vida.
“Ela [a foto] representa a superação em conciliar estudos, maternidade e trabalho. Sobre não parar. Sobre acreditar no meu potencial... representa tanta coisa!”, fala em entrevista ao Delas . “Minha conquista não é só minha ou da minha família, mas de cada mulher que enfrenta essa jornada. Só a gente sabe como é”, diz. Releia a história de Isis .
Amamentação é conexão
No início de dezembro, contamos a história de Sabrina Porto, de 33 anos, uma mulher cega e mãe de Kendra, uma menina de 2 anos de idade. Sabrina relatou ao Delas como a amamentação é uma forma de conexão com a filha. “Embora eu não enxergue e a gente não consiga trocar olhares, nós encontramos outras formas de nos comunicarmos”, afirmou.
“Eu tinha muito medo por não enxergar. Eu me perguntava como seria quando ela olhasse para mim e não encontrasse o meu olhar de volta, porque eu sei que quem enxerga troca muito olhar na hora de amamentar", disse na entrevista.
"Mas nós descobrimos juntas o nosso caminho de toque, de aconchego, de abraço. Eu faço carinho no cabelo dela, ela faz carinho em mim... É uma dança muito linda e muito nossa, que ninguém consegue dançar por nós”, contou. Relembre esta história emocionante .
Parar de amamentar pode ser uma luta
A história da fotógrafa Mirelys Jimenez também marcou 2018. Mãe de três filhos, a norte-americana tem sido fonte de inspiração para outras mães e vítimas de câncer de mama desde que divulgou em sua conta no Instagram uma imagem do momento que amamentou seu filho caçula pela última vez.
Mirelys precisou interromper a amamentação por conta do tratamento de câncer e, segundo ela, esse momento não foi nada fácil. “A pior parte do tratamento foi parar de amamentar antes que eu e meu filho estivéssemos prontos para isso”, lamentou na época. Relembre a história .