Veja como procedimentos estéticos na região íntima podem ajudar a reduzir desconfortos da manopausa
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Veja como procedimentos estéticos na região íntima podem ajudar a reduzir desconfortos da manopausa




A chegada da menopausa pode causar muitas mudanças no corpo. Isso inclui a região íntima. A vulva e o canal vaginal sofrem uma série de alterações que podem afetar diretamente a vida sexual e a qualidade de vida. No entanto, existem procedimentos estéticos que ajudam a amenizar os desconfortos na região íntima.

Segundo o cirurgião plástico Luciano Esteves, tem sido mais comum encontrar mulheres entre 35 e 38 anos entrando na menopausa. Isso está associado a alterações hormonais, principalmente ao aumento de cortisol, o hormônio do estresse. Além desse desequilíbrio, alimentação e poluição também podem ser fatores que levam à  menopausa precoce.  Tudo isso faz com que hoje a área da saúde volte mais a atenção às funcionalidades da vagina e a estética da vulva. 



Como a região íntima muda durante a menopausa?

Esteves explica que as alterações na região íntima acontecem devido a queda na produção do estrogênio, que é o principal hormônio feminino. “Essa queda leva à alteração na lubrificação vaginal e diminuição da mucosa que reveste a vagina, tornando a área mais seca”, afirma.

A região também passa por perda de colágeno, o que pode intensificar a atrofia do canal vaginal e causar alterações estéticas nos grandes e pequenos lábios. “Os pequenos lábios vaginais podem retrair e o volume de gordura diminui. Os grandes lábios ficam ‘mais mortos’, levando a uma flacidez”, explica Esteves.

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A atrofia do canal e da mucosa vaginal pode causar dores e desconfortos durante as relações sexuais, como sensações de queimação e irritação na hora H. Isso faz com que algumas mulheres na menopausa precisem usar lubrificantes para amenizar as dores ou até mesmo suspender as relações com penetração.

Esteves diz que algumas mulheres se queixam ainda dos escapes causados pela incontinência urinária, já que acontece o enfraquecimento do assoalho pélvico . Além disso, é comum que haja ardência na hora de urinar. Isso porque os tecidos na entrada da uretra possuem receptores de estrogênio, que ressecam com a diminuição nos níveis desse hormônio. “Isso altera o pH da região e favorece a proliferação de bactérias ruins, aumentando as chances de infecções urinárias, diversos tipos de secreções  e infecções vaginais”, afirma.

Procedimentos para amenizar desconfortos da menopausa na região íntima

O cirurgião plástico e a fisioterapeuta dermatofuncional Juliana Teixeira afirmam que alguns procedimentos simples, como os tratamentos a laser e a radiofrequênciapodem, ajudar a recuperar a funcionalidade da vagina e amenizar os desconfortos causados pela menopausa, além de recuperar a parte estética.

A radiofrequência é usada para recuperar a parte externa da região íntima feminina. Trata-se de uma tecnologia térmica que, ao retrair o local da aplicação, auxilia na produção de fibroblastos, que é o colágeno in natura. Teixeira explica que a tecnologia pode ser usada nos grandes e nos pequenos lábios para diminuir a flacidez nessas regiões. “Com a radiofrequência, há uma contração dessas fibras e uma redução imediata, dessa flacidez por conta da retração”, afirma.

A fisioterapeuta ressalta que a radiofrequência não pode ser utilizada na parte interna e tem seu efeito potencializado se for combinada a outras técnicas. Esteves acrescenta que, para melhorar o aspecto da vulva, também podem ser usados bioestimuladores de colágeno e até mesmo aplicação de ácido hialurônico, que devolve preenchimento aos grandes lábios.

A aplicação de lasers usada com a radiofrequência, pode estimular ainda mais a produção de colágeno ao contrair a flacidez da pele , melhorando a textura da região externa. Os lasers podem ser aplicados de forma intravaginal (ou seja, dentro do canal), o que pode auxiliar nas funcionalidades da vagina e melhorar tanto questões de saúde como a vida sexual. Esses procedimentos também são conhecidos como laser íntimo .

“A aplicação intravaginal é indolor e tem como efeito uma melhora na lubrificação do canal vaginal, uma melhora do revestimento do epitélio vaginal e diminui o calibre do canal”, explica Esteves. Isso acontece porque o laser é capaz de atuar na submucosa e aumentar a circulação sanguínea, o que estimula a criação de novos vasos sanguíneos na região e melhora a estrutura do muco que reveste o canal vaginal.

Outro tratamento a laser usa uma ponteira diferente e o dispara a 360 ºC em todo canal vaginal, aumentando a circulação e a produção de colágeno e melhorando a sensibilidade do canal. Os tratamentos a laser intravaginais também podem atuar diretamente no assoalho pélvico. Há uma ponteira com direcionamento de feixes que torna possível estimular a contração da musculatura na região, que vai se perdendo ao longo da menopausa.

“O procedimento aumenta a síntese de colágeno nesses músculos do assoalho pélvico e faz com que a sustentação da bexiga evite a perda de urina, tratando a incontinência urinária”, explica o cirurgião.

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