Os dispositivos a laser têm sido utilizados há pouco tempo para aplicações de saúde da mulher, para tratar sintomas relacionados a alterações urinárias ou à disfunção sexual, como dispareunia (dor à relação sexual) ou falta de lubrificação vaginal. Recentemente seu uso advertido devido relatos de ferimentos causados por lasers, incluindo lesões como queimaduras vaginais, cicatrizes e dores recorrentes, incluindo dor durante a relação sexual, explica a Sexóloga Dra. Nelly Kim Kobayashi.
O maior problema é que devido ao seu uso recente para esse fim, não existem estudos que mostram resultados a longo prazo, tanto em eficácia quanto em complicações. Isso, porém, não é motivo para abandonar seu uso, pois muitas mulheres podem se beneficiar com ele, como aquelas que têm contraindicação à terapia padrão.
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Os lasers estão sendo estudados principalmente para o tratamento da atrofia vulvovaginal, que ocorre pela diminuição da produção de estrogênio que ocorre com a menopausa, responsável por causar secura ou desconforto vaginal ou urinário, além de coceira, irritação, corrimento ou dor à relação sexual.
Hoje, o tratamento considerado padrão para esse problema inclui hidratantes vaginais não hormonais e estrogênio vaginal em baixas doses. No entanto, algumas mulheres apresentam contraindicação ao seu uso ou simplesmente não querem usar estrogênio, devido à exposição hormonal e seus riscos. Essas pacientes podem se beneficiar do laser. Sabendo, contudo, que seu uso também pode causar complicações.
Algumas pessoas têm utilizado essa terapia para fins estéticos, conhecido como rejuvenescimento íntimo ou vaginal. Estudos promissores mostram seu benefício, porém novamente fica o alerta de que não existem estudos a longo prazo para podermos indicá-lo de forma segura.
Mais estudos são necessários. Portanto, se você estiver considerando um desses procedimentos, converse com seu médico sobre as terapias médicas tradicionais, bem como sobre os prós e os contras dos tratamentos a laser, finaliza.
Confira 3 motivos para aplicação:
Dr. Alieksiei Carrijo, Cirurgião Plástico e Diretor da Clinica Carrijo explica 3 indicações do laser íntimo:
1. Tratamento do prurido, ressecamento e sintomas gerais relacionados a atrofia vulvovaginal, melhorando a lubrificação;
2. Indução ao efeito de skin tightening do canal vaginal através do estímulo de colágeno;
3. Clareamento externo da região íntima e redução da flacidez nos grandes lábios;
Carrijo enfatiza que os resultados são imediatos e podem ser sentidos por até 1 ano após o tratamento. É necessário que a paciente passe em avaliação com uma ginecologista e faça um papanicolau previamente e não existem contra indicações.
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O tratamento na prática
O tratamento com laser íntimo libera energia e calor na região, estimulando o colágeno e a elastina, melhorando e tensionando os tecidos do canal vaginal e da vulva. Assim, há melhoria da flacidez, da espessura da mucosa e do fluxo sanguíneo que melhora a lubrificação, o que torna a relação sexual mais prazerosa. Além disso, o tratamento ajuda a clarear a região da virilha e melhorar a incontinência urinária, Dra. Beatriz Truyts, Ginecologista e Obstetra, explica detalhadamente como é o tratamento e os benefícios.
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Cada paciente procura o tratamento com laser por diferentes motivos. As principais queixas são flacidez, escurecimento da pele, incontinência urinária de grau leve, alteração da anatomia, atrofia e secura vaginal, principalmente no pós parto e menopausa.
As sessões são rápidas, com duração entre 15 a 30 minutos, indolores e realizadas no consultório, permitindo à paciente regressar a sua vida habitual de imediato. A quantidade de sessões varia de acordo com o perfil do paciente e patologia, mas em média, são necessárias três aplicações com intervalos de um mês entre elas, devendo repetir o procedimento, para manutenção, apenas um ano após o tratamento. As únicas indicações são doenças sexualmente transmissível em atividade, enfatiza a Ginecologista.
É muito normal me perguntarem se o laser íntimo pode ser feito em pacientes jovens. Sabemos que a partir dos 30 anos começamos a perder de forma significativa, o colágeno e o turgor da pele, assim, da mesma forma, na parte intima a queda hormonal e o passar do tempo tem suas consequências, revela. O laser vaginal tem a capacidade de recuperar o colágeno da vagina e da vulva melhorando além dos sintomas de atrofia, a elasticidade, tônus vaginal e lubrificação que já podem ser sentidos nesta fase da vida.
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Paciente que referem dores durante a relação sexual também são candidatas a realizar o laser vaginal. Essa é uma das indicações do laser íntimo. Com o passar do tempo, devido a queda dos hormônios femininos, que podem ser potencializados no período pós parto e da lactação, podem levar a uma queda da piora da qualidade sexual. Quando aplicamos o laser estimulamos os fibroblastos a produzir colágeno e como consequência melhora-se o tônus vaginal e a lubrificação. A melhora da qualidade sexual é significativa quando laser vaginal é bem indicado.
No período da pré e na pós menopausa a queda importante dos hormônios fazem com que a mucosa vaginal perca a lubrificação, ocorra alteração do pH vaginal e assim, a vagina fique mais frágil e sem elasticidade. Não é incomum que nesta fase, as mulheres apresentem incontinência urinaria e até mesmo infecção urinaria de repetição. O laser íntimo é um recurso indolor e que de maneira não invasiva vem com intuito de amenizar estes sintomas ou por diversas vezes eliminá-lo através da estimulação dos fibroblastos e melhora do colágeno. Muitas mulheres, mesmo após a primeira sessão, já referem melhora significativa dos sintomas mencionados, diz Dra. Beatriz Truyts.