Cada vez mais a indústria cinematográfica tem levado às telonas histórias protagonizadas por mulheres. Entre elas estão os filmes biográficos, que narram acontecimentos na vida de figuras importantes de diversos períodos da sociedade. Por isso, o iG Delas selecionou 11 cinebiografias sobre mulheres incríveis e seus grandes feitos. Veja a seguir:
1- Frida Kahlo em 'Frida'
Frida Kahlo é uma das pintoras mais relevantes e famosas de todos os tempos, tanto por suas obras como por sua história de vida. Em 2002, ela foi representada nas telas em ‘Frida’, uma adaptação da biografia escrita pela norte-americana Hayden Herrera. Ela foi interpretada por Salma Hayek, que foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo papel.
O longa destaca algumas das principais fases e acontecimentos da vida da pintora, como seu casamento com o artista plástico Diego Rivera, seu romance com Leon Trotski e o sofrimento causado por um acidente sofrido durante a juventude, que deixou sequelas marcantes em sua vida pessoal e em suas obras.
2- Nise da Silveira em 'Nise: O Coração da Loucura'
O longa narra sobre o período da vida em que a psiquiatra Nise da Silveira ( Glória Pires ) trabalhou no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, Rio de Janeiro, na década de 1940. Lá, ela decide ignorar os princípios de psiquiatria da época (consideradas agressivas e ineficazes) e implementar a terapia ocupacional para tratar os internos por meio da arte. Seu tratamento foi tão eficaz que não só melhorou a qualidade de vida dos internos, mas ajudou a revelar diversos artistas.
Nos anos 1950, ela criou o Museu de Imagens do Inconsciente para arquivar e estudar os trabalhos. O filme ainda faz uma homenagem à cantora Dona Ivone Lara (Roberta Rodrigues), que se formou como enfermeira e, na época, trabalhou ao lado de Nise.
3- Ma Rainey em 'A Voz Suprema do Blues'
Em ‘A Voz Suprema do Blues’, Viola Davis interpreta uma tarde na vida de uma cantora muito famosa que precisa gravar um disco. Ma Rainey, que existiu de verdade, era lembrada por sua alta disciplina musical, mas também por seu perfeccionismo, arrogância e por ser muito poderosa social e financeiramente.
Ma Rainey fez tanto sucesso que ganhou o título de Mãe do Blues, mas sua história é por vezes esquecida em detrimento de nomes como Billie Holiday, Etta James e Ella Fitzgerald. Além da música, ela também quebrou barreiras e foi considerada como uma mulher a frente de seu tempo. Seu jeito de se portar era considerado "masculino", era bissexual assumida e batia de frente contra as leis segregacionistas e o racismo dos Estados Unidos.
4- Billie Holiday em 'O Ocaso de uma Estrela'
Enquanto a nova cinebiografia sobre a cantora, ‘The United States vs Billie Holiday’, não é lançada, a história da cantora pode ser assistida em ‘O Ocaso de uma Estrela’, de 1972. No longa, Holiday é interpretada pela cantora Diana Ross e retrata episódios narrados na autobiografia que a cantora lançou em 1956.
A protagonista almejava os palcos desde que era criança, mas teve uma infância humilde e precisou trabalhar como empregada doméstica e até mesmo como profissional do sexo. O filme foca nesse passado da cantora e retrata o momento em que tudo muda, quando ela consegue um contrato para cantar jazz em um clube no Harlem, em Nova York.
5- Coco Chanel em 'Coco Antes de Chanel'
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Em 2009, a criadora da grife Chanel , a estilista Coco Chanel, ganhou uma cinebiografia chamada ‘Coco Antes de Chanel’, em que foi interpretada pela atriz francesa Audrey Tautou. No filme, acompanhamos o passado pobre da estilista, que trabalhava como cantora de bar, até o momento de sua ascensão com a marca.
O longa também dá foco ao romance dela com Étienne Balsan, parte da nata da sociedade francesa, e à maneira como era encarada por criar modelos e encorajar que mulheres usassem roupas consideradas masculinas, como calças e paletós.
6- Joan Jett e Cherie Currie em 'The Runaways'
O filme de 2010 narra a formação da The Runaways, uma banda de rock formada apenas por mulheres, entre elas Joan Jett (Kristen Stewart) e Cherie Currie (Dakota Fanning). O grupo foi formado nos anos 1970 e fez grande sucesso principalmente por suas letras que abordam a independência das mulheres. O filme narra ainda o vício de Cherie em drogas e sua relação com Jett.
7- Harriet Tubman em 'Harriet'
A ativista política e abolicionista Harriet Tubman é uma das figuras mais importantes da história dos Estados Unidos. Nascida escravizada em 1822, ela escapou da escravidão e ajudou diversas pessoas em condições iguais à sua a fugir para o sul do país. Sua contribuição foi muito importante para o movimento de igualdade racial.
Recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, resgatou um projeto que pode colocar o retrato da abolicionista na nota de US$20 . Em 2019, Tubman ganhou uma cinebiografia em que é interpretada pela atriz Cynthia Erivo, que foi indicada aos principais prêmios do cinema, entre eles o Oscar, Globo de Ouro, Critics Choice.
8- Billie Jean King em 'Batalha dos Sexos'
A tenista Billie Jean King ( Emma Stone ) se tornou muito relevante nos Estados Unidos por ser a primeira atleta da modalidade a cobrar que homens e mulheres fossem pagos de maneira igualitária. Quando escutou que as partidas dos homens eram mais interessantes de se assistir - e, por isso, eram mais caras - ela criou sua própria liga de tênis feminino.
No entanto, ela ficou mais conhecida ainda depois de ser desafiada para uma partida amistosa por Bobby Riggs (Steve Carell), um jogador que a desafiava na televisão se afirmando como um homem machista e que destruiria as mulheres. Depois de muita relutância, Billie aceitou o desafio e o derrotou em todas as partidas.
Além de mostrar os bastidores desses eventos, o filme ‘Batalha dos Sexos’ também aborda o momento em que ela se descobriu uma mulher lésbica, mesmo casada com um homem.
9- Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson em 'Estrelas Além do Tempo'
O filme conta a história das três matemáticas negras que trabalharam por trás do lançamento do primeiro foguete da NASA ao espaço, em meio à tensão da corrida espacial da Guerra Fria. O filme também resgata as leis de segregação racial que foram coniventes com diversos preconceitos sofridos por Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), como os banheiros separados das mulheres brancas, a necessidade de autorização para se matricular em uma faculdade ou a descrença do conhecimento dessas mulheres.
10- Olga Benário em 'Olga'
Um dos filmes mais comoventes do cinema brasileiro moderno, ‘Olga’ conta a história de Olga Benário (Camila Morgado), uma comunista alemã judia que se apaixona por Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) e, no Brasil, participa da Intentona Comunista, que visava acabar com o Governo Vargas. Com o fracasso da revolução dos militantes comunistas, Olga é deportada para a Alemanha e morre na câmara de gás em um Campo de Extermínio. Em 2005, o filme foi premiado no Grande Prêmio Brasileiro de Cinema.
11- Mary Shelley em 'Mary'
A autora Mary Shelley criou uma das obras de terror mais importantes da literatura, mas precisou se sujeitar a publicar ‘Frankenstein’ com o nome de seu marido e era desencorajada a escrever pela madrasta. No longa de 2017, em que a jovem autora é interpretada por Elle Fanning, acompanhamos os maiores traumas de sua vida, como a perda da mãe, a morte de seu primeiro filho e a indiferença do marido em relação a ela.
Além disso, ‘Mary’ conta a famosa história de como Frankenstein surgiu: presos na casa do poeta Lord Byron durante uma tempestade, os Shelley foram desafiados a escrever uma história de fantasmas.
12- Cheryl Strayed em 'Livre'
Estrelado por Reese Witherspoon, ‘Livre’ conta a história da romancista Cheryl Strayed que, depois de um período de depressão profunda, que acarretou no vício em drogas e em sexo, decide fazer a trilha Pacific Crest Trail sozinha. O trajeto de aproximadamente 1.770 km foi feito por Strayed em três meses e foi registrado em uma autobiografia. O longa acompanha a jornada de Cheryl ao se habituar com a estrada, seus obstáculos e sua transformação pessoal.