O BBB 21 segue sendo um dos assuntos mais comentados do momento. Além das brigas e dos recordes de rejeição dos últimos eliminados, uma das coisas que está chamando a atenção do público é o relacionamento entre a atriz Carla Diaz e o do personal trainer Arthur Picoli.
Os dois, que já protagonizaram momentos fofos durante as festas e até debaixo do edredom, são o único casal da casa. Mas, apesar do romance estar no ar, tem um problema: os amigos de Carla não são muito fãs do brother e isso acaba causando algumas situações dentro do reality show.
Um dos momentos, foi quando Arthur foi parar no último paredão e achava que os amigos de Carla, Camilla de Lucas e João Luiz Pedrosa, por exemplo, queriam ele fora da casa e não entendia como Carla ainda andava com eles.
Ter problemas com o namorado ou namorada dos amigos, é um problema mais comum do que se imagina, como explica a psicóloga clínica Natália Silva, do grupo Reinserir. Ela explica que podem existir vários motivos para não gostar da pessoa.
“O namorado da amiga pode ser uma pessoa inconveniente, tóxica, uma pessoa que demonstre que não é uma pessoa não tão legal. Mas esse não gostar pode dizer muito mais sobre o outro do que do novo namorado da amiga. Por isso é muito importante ver os gatilhos que esse novo namorado desperta que às vezes não tem nada a ver com ele, mas sim, você”, explica Silva.
Relacionamento tóxico
A geógrafa Carolina* conta em entrevista ao iG Delas que ela e o grupo de amigos não gostavam nem um pouco do namorado de uma das colegas. Além de ser inconveniente, ele traiu a ex para ficar com a amiga, sem ninguém saber.
“Era aqueles caras que se acha evoluído porque não gosta de festa e não bebe, e claramente se achava melhor que todos. Conforme foi passando o tempo ele foi afastando ela da gente, estava praticamente morando na casa dela, porque era mais perto da faculdade e por aí vai.
Ele sabia que eu não gostava dele e eu nunca desmenti. Ai no final do namoro ele chutou o balde, fez chantagem emocional, beijou ela a força, apareceu na casa dela num domingo de manhã pra conversar, enfim, super babaca”, diz.
A psicóloga explica que muitas vezes, a pessoa não percebe que está em um relacionamento abusivo e que amigos precisam tomar cuidado na hora de abordar o colega.
Você viu?
“Dê ouvidos, tente deixar as birras de lado e ouvir o que a amiga tem a dizer da relação ”, aconselha.
Brincadeiras inconvenientes
A publicitária Marina* também não era nada fã do novo namorado da melhor amiga Ana. Ela começou a namorar, após uma semana que havia conhecido o rapaze e não percebia que na frente dela, ele era uma pessoa, quando ela saia, era outra totalmente diferente.
“Ele, ao contrário do que eu esperava, me tratava com muita ironia e implicância. Não tinha intimidade comigo, mas adorava me zoar sem motivo algum. Lembro de uma foto que ela postou comigo no dia que conheci ele, que ele comentou marcando nosso amigo (que gostava de mim) me comparando com a minha amiga e dizendo que ela era muito mais bonita que eu. Além de desnecessário, no final do namoro deles, ele vivia falando de inseguranças minhas, como por exemplo, eu ter 18 anos e ter um corpo de criança, por ser magra demais”, diz a publicitária.
No começo, ela levava na brincadeira, até que ele passou dos limites e ela decidiu conversar com a melhor amiga. “Eu tomei coragem de falar que eles nem se conheciam direito e que eu estava só tentando abrir os olhos dela para um menino que só se fazia de legal pra ela. A mãe dela concordou sobre ela não conhecer ele direito, mas ela estava apaixonada demais para acreditar”, explica.
Ao final, ela estava certa o tempo todo. Ela terminou com ele em um acampamento onde os três fomos monitores por um mês. Umas das reclamações dela foi de que ele estava tratando ela mal. Segundo ela, estava até me tratando melhor do que ela. No final, ele ficou mandando mensagem pra ela, pedindo pra ela passar o meu número de contato pra ele e ficar comigo”.
Como tentar resolver a situação
Esse atrito entre os amigos e o namorado causa problemas principalmente para a pessoa que está nos dois lados, que fica no meio do fogo cruzado sem saber como agir.
A especialista explica que o primeiro passo para tentar resolver o problema e ambas as partes entenderem o motivo do porquê toda a situação está acontecendo. Além disso, é importante os dois lados estarem dispostos a dialogar e entender as diferenças e anseios.
“Existem motivos concretos para que eu não goste dessas pessoas? Ou será que tem questões suas que fazem que você não goste dessa pessoa? A partir dessa reflexão, se a situação continuar não tem como obrigar ninguém a gostar do outro, nem socializar. Mas, as pessoas precisam se respeitar e respeitar a colega, que vai estar em uma situação difícil porque vai estar de um lado o namorado e do outro os amigos e ela no meio. Isso pode ser prejudicial, porque ela estará alienada dos dois lados. No fim das contas, todos estão fazendo mal para a pessoa”, diz.
*Os nomes foram mudados a pedido das entrevistadas