O avanço da Covid-19 nos levou à necessidade de isolamento social, o que mudou planos e interferiu nos sonhos de muita gente. Embora seja algo fundamental para garantir a saúde da população, não é fácil encarar uma mudança tão drástica como essa que estamos vivendo. Para Larissa Anny Ferreira, 25 anos, o novo coronavírus significou o adiamento de um sonho que ela construía há anos: o casamento.
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Ao Delas, ela conta que planeja desde 2018 com o noivo, Flávio Garcia, 29 anos, a cerimônia de casamento que aconteceria este mês. Porém, em março deste ano, com o avanço dos casos de Covid-19 no Brasil , viu a necessidade de remarcar o sonho para agosto. “O que planejamos por dois anos, mudou em 15 dias. Foi bem difícil aceitar”, fala.
Tudo começou com um decreto em Pouso Alegre, Minas Gerais, impedindo a realização de eventos com mais de 50 pessoas na cidade. Como o casal planeja uma festa para 250 pessoas, logo buscaram um plano B. “Começamos a buscar uma data com todos os fornecedores, mas foi uma situação chata. Alguns achavam bobeira ter um plano B”, lembra.
Mesmo com a tristeza e chateação, ela diz que conseguiram agir rápido e reorganizar a festa para o segundo semestre. Isso poupou estresse, mas não livrou o casal dos prejuízos. “É um transtorno que ainda não sabemos a quantidade de prejuízo”, diz. Ela espera que a situação seja normalizada até lá, caso contrário, será necessário adiar novamente e, dessa vez, para 2021.
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Assim como Larissa e Flávio, outros casais passaram pelo mesmo transtorno. Sílvia Gregório, 27 anos, e Lucas Miranda, 30, de Curitiba, Paraná, também reagendaram o casamento que aconteceria em maio. O casal, que está junto há quase 15 anos, precisou adiar a festa para outubro deste ano.
A preocupação com o novo coronavírus começou já em fevereiro, pois Sílvia tem uma irmã e uma amiga na Itália, além de outra madrinha na Inglaterra. Quando a situação começou a se agravar no exterior e as fronteiras se fecharam na Itália, a noiva entendeu que não teria a presença das madrinhas na festa, mas ainda acreditou que seria possível seguir com os planos.
“Lá pelo dia 10 de março comecei a ficar mais receosa, pois diziam que o pico da doença seria em abril e maio. Fechamos o menu do casamento no dia 14 e as coisas estavam tensas, com os casos subindo”, lembra. Silvia conta que conversou com o cerimonial, mas, a princípio, nenhum casal tinha desmarcado a festa.
Eles aguardaram mais duas semanas. Então, o isolamento social começou a ser implementado em Curitiba e eles decidiram que era hora de adiar o sonho.
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“É uma situação que em momento algum esperávamos. Namoramos por tanto tempo e quando tomamos a decisão de se casar, acontece tudo isso. Sabemos que precisamos nos prevenir, mas é algo que nos afeta. Em três meses, tudo mudou e virou de ponta cabeça”, desabafa.
Ela ainda conta que, felizmente, conseguiu encontrar uma data livre para todos os fornecedores e os planos seguem os mesmos, mas com uma data diferente, “Espero que lá na frente a nossa festa seja uma comemoração do nosso casamento e do final de tudo isso ou, pelo menos, de uma amenização de toda a situação”, finaliza.