Camisa branca. Está aí um item indispensável em qualquer armário, em qualquer época do ano, seja lá qual for o estilo de quem usa. Modelo de sucesso entre os anos 1980 e 1990, a carioca Carla Barros exibe neste ensaio peças curinga, de marcas como Lenny Niemeyer e Aline Rocha, que vão do clássico ao despojado, mas sempre com uma elegância descomplicada que tem tudo a ver com a moda carioca.
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Depois de trabalhar anos na área de administração a serviço de multinacionais e passar boa parte do tempo na pandemia criando e pintando camisas de alfaiataria para as amigas, Aline Rocha criou uma grife que carrega seu nome. Há seis meses, ela abriu um ateliê de camisaria e alfaiataria em Ipanema, de onde saem peças minimalistas de tecidos nobres, como o linho, a organza de seda, a sarja de lyocell (fibra de celulose) e a seda, assim como a tricoline de algodão usada nas camisas brancas, um carro-chefe da agora estilista. A originalidade nas camisas brancas aparece em golas, punhos, palas, estampas e bordados.
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Aline conta que o ponto de partida para a criação do sonhado ateliê foi o isolamento social imposto pela pandemia. Estimulada pela amiga Antonia Oliveira, da multimarcas Casa de Antonia, ela resolver aproveitar a reclusão para, literalmente, inventar moda. Comprou camisas brancas da Zara para pintar à mão, oferecendo às amigas e conhecidas. O sucesso a levou a querer expor na loja de Antonia e a vender por meio do Instagram (@alinerochaart). A partir daí, começou a desenhar sua própria coleção, para customizar seus produtos, e não o de terceiros. Para a decisão de montar o próprio ateliê, voltado para o slow fashion, foi um pulo. Hoje, mesmo com o suporte do modelista e das costureiras, tudo passa pelo seu crivo.
— Como consumidora, sentia falta de boas marcas do estilo chique contemporâneo no Rio, após o fechamento de grifes como Mara Mac, Maria Bonita, Santa Ephigenia e Andrea Saletto. Fiquei órfã, sabe? Por isso, tinha vontade de trabalhar com camisaria de luxo. Eu me lembrava de uma label francesa que amava nos anos 1980, a Le Garage, cujo conceito enxuto sempre me fascinou — conta Aline.