Em janeiro de 2017, Janice Tua foi checar sua filha Sapphire durante a madrugada após amamentá-la e a encontrou morta no berço. Na época, a pequena tinha dois meses de vida. O inquérito sobre o caso, que aconteceu na Nova Zelândia, foi divulgado nesta sexta-feira (9) e aponta que o bebê morreu por excesso de álcool em seu corpo.
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Em entrevista ao site “Daily Mail” , a promotora do caso, Debra Bell, explica o que aconteceu. Segundo ela, exames feitos após a morte do bebê identificaram em seu sangue uma concentração de álcool de 308mg/ml, o que é bem alto.
Na Nova Zelândia, a quantidade máxima de álcool permitida para um adulto dirigir é de 50mg/ml, ou seja, a criança tinha em seu corpo uma concentração seis vezes maior do que o permitido para um adulto.
O número é tão alarmante que os médicos refizeram o exame para comprovar se a concentração era de fato aquela. E sim, o número estava correto. Diante disso, Janice foi questionada sobre o resultado do exame e confessou que na noite anterior havia bebido 18 copos de whisky com refrigerante.
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Dessa forma, os médicos concluíram que o álcool foi passado para a criança pelo leite materno, causando a morte.
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Pode consumir bebida alcoólica durante a amamentação?
O caso de Sapphire foi um exagero cometido pela mãe. Na verdade, sim, é permitido consumir álcool durante a amamentação, desde que moderadamente. Em entrevista anterior ao Delas , a pediatra Rossiclei Pinheiro, do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica qual o limite:
"Não tem problema tomar uma taça de vinho, de champagne ou até mesmo uma latinha de cerveja, mas não é recomendado beber mais do que 100 ml em um dia", fala. Além disso, a pediatra explica que a glândula mamária libera alguns nutrientes e hormônios para a criança, no entanto, não necessariamente o leite materno será alterado pelo álcool.
De acordo com ela, antes de chegar ao leite, os alimentos passam pelos órgãos responsáveis pela digestão. No caso do álcool, passa pelo estomago, intestino, fígado e rins, antes de ser excretado pela bexiga.
Para evitar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê, o indicado é sempre evitar exageros e consultar um médico.