Rayssa Thebaldi é o tipo de pessoa que não tem medo de se lançar em novos desafios. Formada em química e já trabalhando em uma multinacional, ela decidiu, em 2017, abandonar uma carreira estável para abrir a própria marca de roupas, com um investimento inicial de apenas R$ 800. Hoje, a fundadora da Agua Azul fatura em média R$ 4 milhões ao ano.
A empreendedora conta que, assim como acontece com muitas pessoas que desejam empreender, a vontade de abrir o próprio negócio veio dos pais. Além disso, o desejo foi ainda mais inflamado pelo descontentamento que vivia na carreira.
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"Eu estava trabalhando em uma multinacional e eu já estava muito desanimada, sem perspectiva de futuro e eu pensei: O que eu sei fazer?'. Antes de fundar a Agua Azul, eu já tive outras duas empresas com amigas, que não deram certo. Eu acho que eu tentava abrir negócios com outras pessoas porque eu acabava me sentindo insegura. Entretanto, em 2017, eu tomei a decisão de tentar empreender novamente, mas desta vez, sozinha", diz.
Embora estivesse com medo, Rayssa sabia que não queria mais trabalhar para outras pessoas. A empresária começou a refletir sobre o que ela gostaria de fazer na vida. Deixando o medo de lado, ela escolheu se arriscar e tentar algo novo.
"Eu tive medo, é claro, mas eu estava muito infeliz e comecei a me questionar: 'Até quanto vale estar aqui? A vida está passando, e o que eu estou fazendo com ela?'. Eu acho que essa é uma reflexão que a atual geração tem feito. Eu decidi não me prender ao medo de perder a estabilidade financeira e pensei comigo mesma: 'Se não der certo, eu tento de novo, faço outra coisa, recomeço, só não quero ficar onde eu estou, infeliz, vendo a vida passar'", declara.
À época, apesar de jovem e morar com o pais, Thebaldi não tinha muito dinheiro para investir no negócio nem um plano muito bem definido de como fazer a sua ideia crescer. Por isso, ela precisou continuar trabalhando por algum tempo, enquanto vendia as peças de sua loja.
"Não houve muito planejamento, eu só peguei o dinheiro que eu tinha, fiz algumas peças e comecei a vender. Na época, a mesma costureira que cortava as peças era a que costurava", conta.
Contudo, mesmo antes do boom de perfis de marcas no Instagram, Rayssa já percebia o quão importante as plataformas digitais poderiam ser para movimentar um negócio. Com a ajuda de uma prima, ela começou a criar conteúdos para a conta no Instagram da Agua Azul.
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"Eu não tinha um bom telefone e nem um lugar ideal para fazer vídeos. O Instagram já estava bombando na época, mas não era nada como nos dias de hoje. Eu ia até a casa da minha prima, nos meus dias de folga, para fazer alguns vídeos. Isso durou uns seis meses, até eu conseguir o meu fundo de garantia", relata Rayssa.
Em 2018, um ano após sua fundação, a marca de roupas fitness já estava fazendo sucesso. Com isso, a empresária percebeu que precisava decidir qual seria o rumo do seu empreendimento. Contrariando o que a maioria das pessoas de sua época fazia, ela optou por não abrir uma loja física e sim focar todas as suas vendas no formato online.
"Após o primeiro ano, eu passei a investir cada vez mais no site da minha loja, porque eu percebi que o futuro das vendas seria online. Eu até tive por um tempo um espaço físico, onde eu recebi algumas pessoas, mas o rendimento do site era muito superior, além de me permitir expandir a minha empresa por todo o Brasil", relembra.
Em suas redes sociais, a empresária também conversa com os seguidores sobre empreendedorismo, dando dicas para aqueles que querem abrir o próprio negócio.
"Atualmente, em meu Instagram, eu falo sobre empreendedorismo para pessoas que já me conhecem e se sentem inspiradas por mim. Eu vejo que muitas pessoas desejam empreender mas acabam se segurando pelo medo de largar a CLT. Não é fácil não ter mais a certeza de receber um salário fixo todo mês. Entretanto, eu precisava arriscar, porque eu me sentia muito infeliz", finaliza a CEO da Agua Azul.