A cada 13 dias uma mulher é estuprada dentro de alguma unidade que presta serviços de saúde na cidade de São Paulo. Segundo dados obtidos pelo Universa, do UOL, de janeiro de 2018 a outubro de 2020 foi registrado um total de 82 denúncias de estupro que teriam ocorrido em locais como hospitais, consultórios médicos, casas de repouso e clínicas psiquiátricas, por exemplo.
As denúncias são de tentativa ou de estupro consumado. Desse total, 50 casos (61%) são de estupros contra vulneráveis, ou seja, pessoas menores de 14 anos ou que não estão em condições de oferecer resistência. As idades das vítimas varia de 1 a 68 anos.
São 56 denúncias de estupro que teriam ocorrido em hospitais, 12 em clínicas ou consultórios e 5 em postos de saúde. Vinte e dois casos foram registrados em unidades particulares e 21 em unidades administradas pelo governo. O restante dos boletins de ocorrência foi feito sem registrar os endereços.
Em nota à Universa, as Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria da Saúde de São Paulo repudiaram qualquer ato de violência contra os pacientes e práticas que fujam dos critérios de humanização do SUS. Os órgãos públicos também explicaram que em casos de denúncias é instaurada uma sindicância e cada caso é apurado pela diretoria da unidade. Se for contatada alguma violação, a unidade toma as medida cabíveis, como o desligamento do profissional.