Uma estudante de Santos, litoral de São Paulo, relata ter sido estuprada em um encontro marcado por um aplicativo de relacionamentos. Segundo o G1, a jovem estava conversando com uma mulher há uma semana e as duas teriam combinado de se encontrar no apartamento da suspeita. Por mensagem, a vítima revelou que era a primeira vez que ela estava saindo com alguém que não conhecia pessoalmente.
Antes do encontro, a jovem diz que questionou algumas vezes se elas estariam sozinhas na casa. "Não tem ninguém, por isso eu tô aqui. O apartamento é de temporada. Como estava sozinha, vim pra cá. Vou te mandar o endereço", a suspeita teria respondido em uma ocasião.
No dia marcado, a estudante relata que se encontrou com a mulher com quem estava conversando e elas ingeriram bebida alcoólica. Após um tempo, a dona do apartamento teria dito que o namorado dela estava no quarto e adorava ver mulheres fazendo sexo. A jovem conta que se recusou, mas o homem saiu do quarto e a agarrou pela nuca, para forçá-la a beijar a outra mulher. A vítima conta ainda que o homem e a mulher arrancaram a roupa dela. O suspeito ainda teria mordido diversas partes do corpo dela e cometido o estupro.
Denúncia
O advogado da vítima, Adriano Neves Lopes, registrou o boletim de ocorrência e entregou prints das mensagens como prova e também as roupas íntimas de sua cliente. "Ela fala que, possivelmente, a blusa e o sutiã têm o sêmen dele e podem provar que houve o crime", disse em entrevista ao G1. "Ela tem marcas de mordidas nos seios, na região das coxas, na região lombar. A mão dela está inchada, o que configura lesão de defesa", ele continuou.
De acordo com a versão da jovem, a violência só parou quando ela recebeu uma ligação no celular. Era a mãe dela avisando que estava na rua para buscá-la. Após a vítima deixar o apartamento, a suspeita teria entrado em contato mais uma vez para saber se a estudante havia contado o que havia acontecido.
A jovem relatou a violência pela qual teria passado para um amigo, que por sua vez contou os fatos a um parente da vítima. Então a estudante foi levada ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Santos, onde foi medicada. Segundo o advogado, ela está tomando um coquetel para prevenir doenças sexualmente transmissíveis, tomou uma pílula do dia seguinte e está fazendo acompanhamento psicológico, porque apresenta sinais de estresse pós-traumático. A investigação segue em sigilo.