Hazel, de 29 anos, é de Nashville, nos Estados Unidos, e sempre sofreu por estar acima do peso. A mulher de 177 kg percebeu um modo de usar isso a seu favor e passou a estrelar vídeos sensuais em um site para adultos.
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Ela conta ao "Daily Mail" que já foi eleita a "menina mais gorda da escola" e passou por episódios de depressão e ansiedade por causa do bullying que sofria. Depois de conversar com uma ex-colega de trabalho, descobriu que seus quilos a mais poderiam ser usados para elevar sua autoestima e também para uma renda extra por meio de vídeos sensuais .
A mulher ganha US$ 1 mil, cerca de R$ 4 mil, por mês, ao compartilhar vídeos seus nus "sacudindo a barriga" e consumindo grandes quantidades de alimentos gordurosos. "Eu me sinto muito empoderada", diz ela. "Saber que, depois de sentir que o mundo inteiro não me quer, há pessoas que me querem e me cobiçam, é ótimo. Eu já ouvi casos de pessoas que deixariam suas esposas por mim", acrescenta.
O que as pessoas sentem pela norte-americana é um fetiche conhecido como feedee e consiste em pessoas que consideram sexy a alimentação e o ganho de peso. Hazel afirma que seus fãs adoram vê-la comer pizzas e cheesecakes.
"Recebo muitos pedidos para a barriga , muita pegação, tapa e puxão. Isso é o que eu faço: mostro meu corpo e minhas curvas", explica a mulher. "Algumas pessoas até doam dinheiro para eu comprar comida e comer na frente da câmera", complementa.
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Como tudo começou
Hazel se tornou feedee quando tinha 24 anos após falar com uma ex-colega de trabalho que também postava seus próprios vídeos na internet. "Ela era uma menina gorda como eu e eu pensei comigo mesma: 'Eu sou grande e bonita, eu posso fazer isso'", relembra.
Você viu?
Depois de algumas pesquisas, descobriu que era possível ganhar dinheiro com o conteúdo. Então, começou a postar fotos e vídeos nas redes sociais e ficou chocada com a atenção que recebia dos internautas. A partir disso, teve a ideia de criar um perfil no BBW Royalty .
"Na sociedade de hoje, a questão da perda de peso é muito grande, então isso é o oposto. Eu conheço um homem que luta contra um distúrbio alimentar e adora ver mulheres ganharem peso. É uma preferência pessoal", diz ela sobre o trabalho.
Hazel namora há um ano e relata que o parceiro não vê problemas no fato de ela ser feedee , assim como suas amigas mais próximas. Em contrapartida, a família dela ainda não sabe o que a moça faz. "Eles ainda me veem como aquela boa menina que foi para a faculdade", conta.
Ela já tentou perder peso
A mulher revela já ter tentado perder peso antes, principalmente quando era casada. "Aos 20 e poucos anos, meu marido queria que eu perdesse peso para podermos tentar ter uma família", pontua. "Eu estava indo às consultas para me preparar para a cirurgia da banda gástrica, mas eles diziam para mim que eu nunca poderia comer certos alimentos novamente", fala a moça.
Isso, segundo ela, foi o suficiente para fazê-la repensar se gostaria de realizar o procedimento. "Eu me lembro de um dia ir ao Krispy Kreme [empresa de donut norte-americana] dirigindo e eu estava chorando quando percebi que, se eu fizesse essa cirurgia, nunca mais poderia comer outro donut. Eu prefero ser gorda e feliz", destaca Hazel.
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"Comida é minha melhor amiga"
Apesar de estar acima do peso ideal para a sociedade , Hazel salienta ser saudável e critica pessoas que declaram que ela promove um estilo de vida ruim. "Eu vou ao médico regularmente, não tenho diabetes e minha pressão está boa. Há muitas pessoas magras que estão com pior saúde do que eu", afirma ela.
A moça garante que fazer vídeos sensuais e publicar na internet elevou sua autoestima e espera que isso ajude outras pessoas a se aceitarem. "A comida é minha melhor amiga. Agora eu posso ser sexy e me comer ao mesmo tempo, que são duas das minhas coisas favoritas. Quero que as pessoas saibam que você ainda pode ser gorda, sexy e bonita", finaliza.