Georgia Harris, de 22 anos, é do condado inglês de Yorkshire. Ela sofreu bullying durante toda a infância e adolescência e a situação piorou quando teve psoríase – uma doença de pele inflamatória que consiste em manchas no corpo. Agora, a mulher só quer aproveitar a vida sem se importar com a opinião dos outros.

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Georgia Harris resolveu combater o bullying por meio da web e agora ajuda outras pessoas com psoríase
Reprodução/Instagram/@meadowsonmyskin
Georgia Harris resolveu combater o bullying por meio da web e agora ajuda outras pessoas com psoríase


A jovem decidiu usar o Instagram para mostrar que está em paz consigo mesma e vive bem com a psoríase . Em entrevista ao  Daily Mail , Georgia conta como parou de se importar com o bullying que sofria e decidiu mostrar confiança no corpo.

Os insultos começaram antes do surgimento da doença. “Eu era uma pessoa muito quieta. Eu trabalhava muito e acho que os valentões odiavam isso. Eles cismaram com minha aparência e me chamavam de feia. Cadeiras eram empurradas nas minhas pernas, jogavam coisas em mim”, conta.

Depois da morte de um amigo próximo, quando tinha 12 anos, a jovem ficou ainda mais vulnerável e deprimida, e isso a fez procurar um terapeuta. “Fiquei triste a maior parte do tempo. Eu não me importei com nada e parei de lavar meu cabelo ou usar desodorante por um tempo. Eu não estava cuidando de mim mesma”, diz ela, que afirma ainda que isso piorou o bullying.

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Toda essa situação fez surgir a vontade não ir mais à escola ou ter contato com o mundo externo. “Passei a maior parte do tempo chorando com a minha mãe, implorando para ela me ensinar em casa”, relembra.

Como começou a psoríase

Quando a doença foi confirmada, Georgia cobria o corpo para sair de casa. No início, ela pensou ser excesso de shampoo
Reprodução/Instagram/@meadowsonmyskin
Quando a doença foi confirmada, Georgia cobria o corpo para sair de casa. No início, ela pensou ser excesso de shampoo


Sua saúde mental estava muito abalada e piorou quando Georgia recebeu o diagnóstico da doença aos 15 anos. No caminho para a aula, ela sentiu algo no ouvido. De início, a jovem conta que pensou ser apenas excesso de shampoo.

Ao visitar um médico, ele confirmou a doença e atestou que ela já havia se espalhado pelo canal auditivo. Em poucos dias, Georgia tinha manchas avermelhadas no rosto e nos cotovelos. “Acordo de manhã e sinto a pele dos meus braços e pernas estalar. A psoríase cobre meu rosto e couro cabeludo e faz com que a cabeça coce. Faz até cair cabelos”, destaca.

Ela notou que as costas dão os sinais de quando o surto da doença vai aparecer. “Geralmente, começa nas minhas costas e então a maior parte do meu corpo fica coberta de manchas vermelhas doloridas e que coçam”, afirma.

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Ideia do namorado reverteu a situação

Georgia destaca a importância do namorado no processo para elevar sua autoestima com a ideia do book de fotos
Reprodução/Instagram/@meadowsonmyskin
Georgia destaca a importância do namorado no processo para elevar sua autoestima com a ideia do book de fotos


A então estudante usava maquiagem para esconder a doença de pele que sofre e foi aconselhada por sua dermatologista a parar. Para não aparecer sem maquiagem em público, a inglesa decidiu ficar em casa.

“Eu odiava como eu parecia. Me sentia repugnante e mudava de roupa cinco vezes por dia ou refazia a maquiagem constantemente, embora soubesse que estava piorando a minha pele”, confessa.

Matt, seu namorado, teve um papel fundamental no momento de ajudar a elevar a autoestima da mulher. Ele sugeriu que ela fizesse um portfólio fotográfico de seu corpo, mas ela, de início, recusou. “Eu disse a ele: ‘olhe para minha pele! Absolutamente não!’”, declara.

“Eu passei anos pensando que minha psoríase era algo para se envergonhar, não algo que eu deveria mostrar ao mundo”, salienta.

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Apesar de recusar a ideia do namorado no começo, Georgia pensou melhor depois e enxergou muitos benefícios na iniciativa. “Matt sugeriu que a coisa que me causou tanta ansiedade poderia realmente se tornar algo positivo. Ninguém mais tem a pele exatamente como a minha e isso é algo para comemorar”, diz.

“Não havia como eu ter me imaginado confiante o suficiente para ser fotografada, depois de anos cobrindo minha pele com maquiagem e cardigãs largos”, enfatiza ela.

Com o companheiro ajudando, ela foi para a frente das câmeras e conta que se sentiu melhor do que nunca. “Foi a coisa mais libertadora que já fiz. Minha pele estava absolutamente linda. Estava coberta de manchas que pareciam flores bonitas em todo o meu corpo”, celebra.

Agora o foco é ajudar outras pessoas

A jovem ajuda outras pessoas a superarem a doença por meio da internet
Reprodução/Instagram/@meadowsonmyskin
A jovem ajuda outras pessoas a superarem a doença por meio da internet


Depois de ver sua autoestima ser elevada com o portfólio fotográfico, a jovem resolveu usar as mídias sociais para ajudar outras pessoas que também sofrem com a condição. “Há uma grande comunidade de psoríase nas mídias sociais e todos nos ajudamos”, pontua.

Para ajudar a aliviar o incômodo causado pela psoríase , Georgia investe em sessões de fototerapia – ou terapia de luz – e cremes de hidratação.

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