Aceitar as curvas e marcas do próprio corpo, como estrias e celulites, não é algo simples. O processo de aceitação e construção do amor próprio exige dedicação diária. A britânica Kayleigh Jones, 20 anos, tem compartilhado essa jornada em sua conta no Instagram e inspirado outras mulheres.
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A jovem sofreu bullying na escola e lutou por anos para conseguir aceitar o próprio corpo. Nesse processo, Kayleigh desenvolveu distúrbios alimentares e chegou a ficar quatro dias sem comer para atingir o corpo ideal. Isso fez com que ela desenvolvesse estrias em todo o corpo.
“Eu desenvolvi minhas primeiras estrias na parte interna da coxa quando eu tinha 12 anos de idade por conta da perda de peso severa. Aos 20 anos, elas apareceram na barriga e nos braços, também por problemas relacionados aos distúrbios alimentares”, fala ao site “Media Drum World”.
Kayleigh comenta que a maioria das pessoas costuma achar que as marcas só aparecem com o ganho de peso ou gravidez, mas esse não foi o caso dela. “Você pode obtê-las através da perda de peso rápida, como aconteceu comigo”, diz.
A britânica ainda conta que passou anos escondendo as marcas e tentou usar todos os tipos de remédios e receitas para tentar se livrar delas. “Eu sempre odiei meu corpo e me criticava constantemente por ele não ser perfeito, então sempre busquei formas de mudá-lo”, fala.
Kayleigh conta que os distúrbios alimentares e a dismorfia corporal começaram quando ela tinha apenas 11 anos de idade. “Eu sentia que precisava perder peso para se encaixar na sociedade”, desabafa.
“Eu geralmente passava de três a quatro dias sem comer refeições. Eu acabava com a minha fome com grandes quantidades de cafeína e só comia pequenas porções, às vezes, de pão ou salada”, relata.
A pressão estética em uma garota tão jovem fez com que Kayleigh desenvolvesse depressão e ansiedade, causando complicações no seu desempenho escolar e no relacionamento com os outros jovens. “Eu achava difícil fazer amigos, mas com o passar dos anos, felizmente, as pessoas começaram a me aceitar mais”, fala.
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Estrias, curvas e aceitação
Após anos lutando contra a balança, Kayleigh fala que foram as suas experiências com o transtorno alimentar que a ajudaram a amar seu próprio corpo, aceitar suas estrias e curvas, além de ajudá-la a entender mais sobre positividade corporal .
“Eu sempre odiei minhas estrias e costumava escondê-las o máximo que podia. Eu tentei de tudo para me livrar delas, mas nada funcionou. Agora eu as abraço, pois elas mostram a minha jornada de tantos anos em busca de autoestima, além de ajudar outras pessoas a se aceitarem”, fala.
A britânica comenta que isso é possível hoje porque outras mulheres a inspiraram a aceitar o próprio corpo. No entanto, nem sempre foi simples entender do que se tratava o movimento “body positive” – que celebra a diversidade de corpos e promove a aceitação.
“Quando eu vi pela primeira vez mulheres promovendo suas curvas, me pareceu algo estranho. A minha vida toda tinha sido baseada em dietas e perda de peso. Então, era preocupante para mim que as pessoas com o corpo como o meu pudessem ser felizes e confiantes, principalmente sabendo que muitos julgariam e não aprovariam elas”, diz.
Aos poucos, Kayleigh foi se tornando mais confiante e começou a compartilhar no Instagram fotos do seu próprio corpo, o que ajudou não apenas sua própria aceitação, mas também de outras pessoas. “Fazer essas postagens me ajudar a abraçar tudo sobre mim. Falar sobre a minha luta às pessoas e saber que em troca eu estou ajudando elas é o melhor que poderia acontecer”, diz.
“Para aqueles que se sentem presos em seus próprios corpos ou sentem que não há esperança de uma vida melhor: existe. Durante muitos anos eu fiquei presa em distúrbios alimentares, mas eu finalmente consegui superar”, comemora.
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A jovem fala que assim que começou a aceitar suas curvas, estrias e outras marcas que o corpo carrega, passou a ser mais confiante sobre ela mesma. Como consequência, o relacionamento dela com outras pessoas melhorou, já que ela estava mais feliz e saudável. “Leva tempo, mas você pode aprender a se amar. Qualquer um pode amar outra pessoa, mas é preciso força para encontrar o amor próprio ”, finaliza.