Esse é o mais forte dos vínculos, afinal um filho é de certa forma uma parte de você, só que o vínculo entre pais e filhos é bem mais do que isso. Uma criança é mais do que a soma do desejo dos pais de ter um filho. Nessa criança vem também toda a carga genética dos dois. Não existe criança não desejada, a criança pode ser não planejada, mas se ela nasceu, o desejo existiu
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Alguns pais não criam seus filhos. Isso não significa que não o tenha desejado, significa que não desejam criá-lo. Mas então em qual momento cria-se o vínculo entre pai e filho?
Isso depende de pessoa para pessoa. Esse vínculo é cultivado dia a dia desde o início da gestação, mas muitas mães logo após o parto não conseguem sentir o vínculo imediatamente - isso porque a criança que nasceu é diferente da criança que foi idealizada durante toda a gravidez.
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Isso mostra que esse vínculo independe da gravidez e do parto, mas sim da disponibilidade psíquica entre esses dois indivíduos. Tudo isso serve para ilustrar o que é o vínculo afetivo e como ele se dá.
É muito fácil sentir um amor enorme por um bebezinho indefeso, frágil, engraçadinho e fofo, mas e quanto aquele adolescente chato, marrento e que parece que te odeia? O vínculo afetivo entre pais e filhos tem que ser cultivado a cada dia, desde o momento que o filho se torna filho e o pai se torna pai.
Quando corretamente desenvolvido, esse vínculo fará com que os pais sintam-se muito próximos aos filhos, mesmo que muito gordos, muito magros, inteligentes, preguiçosos, descuidados, chatos e irritantes. Da mesma maneira que os filhos com um vínculo forte com seus pais os aceitam e amam como são, sem querer modificá-los.
Como melhorar o seu vínculo com o seu filho?
Você pode fazer isso a qualquer momento da sua vida, não somente quando o seu filho é uma criança pequena. Os filhos precisam saber que são amados, queridos, respeitados, isso em qualquer idade durante sua vida.
Hoje a palavra mais dita e mais detestada pelos adolescentes é "julgamento". As crianças não querem ser julgadas também, e têm razão, o julgamento inibe e deprecia o comportamento das outras pessoas.
Você como pai , não deve julgar seu filho. Você deve ensinar, dar exemplo, mostrar como se faz. Se você não julgar seu filho, ele não irá julgar você. A prática da empatia junto às necessidades do seu filho, criará um vínculo enorme e necessário entre vocês dois.