Ketly sempre gostou muito de estar em movimento e das brincadeiras na rua durante sua infância. Aos 14 anos, porém, começou a cair sem explicação. A fraqueza que passou a sentir foi o primeiro sinal da distrofia muscular, uma doença que mudou radicalmente não só sua vida, como a de toda a família também.
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“Procuramos diversos médicos e, por se tratar de uma doença rara, não chegávamos ao diagnóstico. Passei minha juventude entre internações, exames e testes, até que um exame genético de DNA identificou a distrofia muscular . A partir daí, todos os dias são uma incógnita, pois é uma doença progressiva, e cada pessoa reage de uma maneira”, explica Ketly.
O que acontece é que os músculos de Ketly não são tão fortes como a da maior parte das pessoas. Sendo assim, a prática de exercícios físicos é essencial para retardar a evolução da doença. Por outro lado, seus músculos também não podem ser estimulados demais e fadigar, já que isso pode fazer com que eles não se recuperem.
“Para a distrofia muscular, o exercício é importantíssimo e, ao mesmo tempo, o maior vilão, pois os músculos precisam de estímulos, mas não podem fadigar, senão perdem a força e não recuperam.”
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O acompanhamento de profissionais adequados na hora da fisioterapia é essencial para que Ketly não exagere nos exercícios, e ela também pode alertar de seus limites para a pessoa que a acompanha. O profissional ainda é importante para mantê-la motivada, já que dia sim, dia não, Ketly tem de se exercitar.
“Eu adoro a fisioterapia, uso isso como uma terapia que pode me ajudar e não como obrigação. Procuro sempre profissionais com quem eu me identifique e goste como amigo.”
Distrofia muscular no dia a dia
Hoje, Ketly compartilha sua experiência com mais de 43 mil pessoas em uma página no Instagram. No perfil “Acessibilidade tô de olho” é possível ver não só algumas sessões de fisioterapia da influenciadora digital como também, e principalmente, as várias viagens que ela gosta de fazer - e o melhor, descobrir os lugares que são acessíveis para pessoas com alguma limitação.
A rede social se tornou um ambiente para que Ketly pudesse não apenas compartilhar o que já aprendeu com sua experiência própria, mas também trocar informações. Muitas pessoas, com distrofia ou outras deficiências, compartilham com ela experiências próprias. Algo que é essencial para provar que, independentemente da limitação de cada pessoa, todo mundo pode e deve se exercitar, passear, buscar bem estar e, principalmente, viver.
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Para saber mais sobre como manter o foco nos treinos, atividade física e bem estar, siga a página "Só na Endorfina" no Instagram e acompanhe nossa coluna aqui no canal Delas, por onde Ketly contou um pouco de sua experiência com a distrofia muscular.