Mel Reis é uma apaixonada por arte e dança e, assim como muitas meninas, iniciou o ballet clássico na adolescência, aos 12 anos, após já ter praticado modalidades como jazz, hip hop e dança moderna. Quando tinha 17 anos, porém, sofreu um acidente de moto que transformaria sua vida.
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Ao longo de 13 anos que se passaram do acidente, Mel Reis teve de passar por inúmeras cirurgias na perna esquerda, e em 2014 uma infecção fez com que o membro tivesse de ser amputado. Para uma bailarina, este poderia ser o fim de sua carreira e de sua paixão, mas não foi neste caso.
Uma prótese especial, desenhada por Mel e confeccionada no Instituto de Prótese e Órtese (IPO), que possibilita o uso de sapatilha de ponta, fez com que ela recuperasse pouco a pouco os movimentos e o ritmo da dança. Não foi fácil, Mel precisou reaprender a fazer o que mais gosta, mas foi o caminho que encontrou.
"Atividade física é algo fundamental em nossas vidas, e para mim, hoje, me movimentar é o que dá sentido a ela", afirma a bailarina amputada que até já foi homenageada pelo artista Eduardo Kobra.
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A importância da dança para Mel Reis
A bailarina amputada conta que a dança sempre teve um grande espaço em seu coração. Ela também acredita que a prática foi responsável por torná-la mais forte. "Após a amputação, [conseguir dançar] foi a realização de um sonho, e é o que me motiva a cada dia."
Mel reconhece os diferentes benefícios da atividade física para sua saúde, mas o principal é manter a saúde mental em ordem. E por conta disso a amputação não seria um impedimento para ela.
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"A prótese nos dá limitações sim, mas tudo pode ser adaptado e realizado de uma forma diferente. A prótese deve ser encarada como uma extensão do corpo feita para nos ajudar nas atividades, e devemos manter o foco no amanhã para que possamos vencer os desafios e dificuldades de hoje", completa a bailarina.
Hoje, além de ter voltado a dançar, a bailarina Mel também chama atenção nas redes sociais com sua história e tem o Instituto de Artes Inclusivas Mel Reis, cujo objetivo é ajudar outras pessoas com limitações a "conseguir uma vida normal e mostrar que elas são capazes de superar seus limites".
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