Neste projeto, os arquitetos integraram os ambientes para priorizar a circulação da casa
Vitor Fontes e Dennis Fidalgo
Neste projeto, os arquitetos integraram os ambientes para priorizar a circulação da casa


Quem está prestes a se  mudar para um novo espaço ou pesquisando a mobília do apartamento geralmente está com a ansiedade a mil. No entanto, alguns pontos precisam ser levados em conta para que o ambiente seja agradável para os moradores. Um deles é a circulação da casa .


Para compor um ambiente harmonioso e confortável, é preciso considerar fatores como padrões de medida nos ambientes e dos  futuros móveis e eletrodomésticos.

Os arquitetos Camila e Renan Pinotti, do escritório Fibra Arquitetura , contudo, reforçam que é preciso prestar atenção em alguns fatores para favorecer a circulação. Para isso, eles dão seis coisas importantes para facilitar a movimentação dentro da casa.

1- Tenha à mão as medidas do imóvel

O primeiro passo para planejar uma boa circulação de ambientes é providenciar as medidas exatas do apartamento, distribuindo onde ficaram os móveis e onde serão os espaços de movimentação. Isso ajuda a manter os espaços confortáveis tanto para os moradores como para as visitas. Para fazer isso de maneira eficaz, leve em conta medidas como extensão de prateleiras e de aberturas de portas e armários .

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2- Leve em conta as distâncias de segurança

Os arquitetos explicam que medidas e uma previsão de situações que podem ser passadas pelos moradores ajudam a prevenir futuros acidentes, como esbarrões e afins. Camila conta que existem algumas regras pré-definidas para espaços como cozinha, dormitório e corredor. Veja.

  • Cozinha: A circulação mínima desse espaço precisa ser de 90 cm para permitir que mais de uma pessoa possam estar no mesmo local ao mesmo tempo. “Enquanto um morador está lavando uma louça na pia, o outro pode passar para pegar um item no armário”, diz. Não esqueça de contar com espaços para a geladeira, forno, fogão e armários .
  • Dormitório: É preciso ter uma distância mínima de 60 cm entre a cama e o guarda-roupa; o mesmo deve ser aplicado nas laterais da cama. Se a metragem for menor, será difícil utilizar o armário. “Se possível, essa distância ainda deve ser acrescida de 20 a 30 cm”, afirma a arquiteta.
  • Corredor: Sugere-se uma medida de 80 cm. Se um dos moradores tiver mobilidade reduzida, esse espaço deve ser de, no mínimo, 90 cm.

3- Faça adaptações e retire excessos

Os arquitetos indicam que os moradores façam uma lista de pontos para garantir que eles estejam bem posicionados. Para exemplificar, Renan pede que se leve em conta a sala de estar: recomenda-se que sofá, poltronas e mesinhas laterais tenham distância de 40 cm. Orienta-se que se deixe um espaço de 70 cm para quem está sentado no sofá alcançar a mesa de centro. Se você não tiver espaço para isso, abrir mão dessas mobílias pode ser o melhor caminho.

Ele afirma ainda que essas distâncias podem ajudar em outros pontos além da circulação na casa e cita como exemplo o conforto visual. É preciso ter noção do tamanho de uma  televisão e relação de distância entre sofá e rack, por exemplo. “A conta aqui é pautada no cálculo entre as polegadas da televisão multiplicadas por 2,5 e depois por 3,5. O valor nos indicará qual será essa distância”, diz Renan. “Por isso, não adianta sonhar com uma televisão demasiadamente grande se a sala for pequena. O ideal é calcular antes de efetuar a compra”, completa Camila.

4- Preste atenção na relação largura x altura

Renan ressalta que os moradores devem prestar atenção na harmonia entre largura e altura para ter ideia da proporção do espaço. Esse equilíbrio consegue ser alcançado ao manter as proporções dos móveis alinhados com as do imóvel.

“Se a sala apresentar 2,7m de largura e um pé direito de 2,50m, teremos um ambiente visualmente agradável. Entretanto, cômodos menores, de 1/1 até 1/3, se configuram como mais estreitos e, assim, mais indicados para banheiros e corredores. Um corredor com 0,8m de largura com 2,40m de altura está no limite dessa proporção”, exemplifica o profissional.

5- Busque por um profissional

Os arquitetos concordam que é preciso ter muitas referências e cautela no momento de escolher a mobília e sua disposição no apê. Por esse motivo, é importante sempre contar com a ajuda de um profissional. “Na execução de um projeto, levamos em conta as passagens de cada ambiente, os principais equipamentos e mobiliários, além de ouvirmos as principais ideias dos moradores a fim de alinhar as expectativas”, conta Camila.

6- Use a criatividade

No momento de planejar os ambientes, é importante ter muita criatividade na escolha dos móveis para que a circulação na casa seja otimizada. O segredo para fazer isso em imóveis pequenos é buscar por móveis inteligentes e, de preferência, planejados. Busque maneiras de posicionar prateleiras e armários em locais altos, como acima das portas. Outra boa ideia é trocar as portas de abrir por portas de correr.

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