Harmonização facial é moda entre ex-BBBs; cirurgião esclarece polêmicas
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Harmonização facial é moda entre ex-BBBs; cirurgião esclarece polêmicas

Entrar no Big Brother Brasil é um grande marco na vida dos participantes. Mas, ainda que não vençam, a 'fama' dos brothers dificilmente acaba com a eliminação: enquanto alguns decidem tentar a carreira de artista, outros ganham destaque como influenciadores. Mas, independentemente do caminho escolhido, parece existir um ponto em comum na trajetória da maior parte dos ex-BBBs:  a realização de procedimentos estéticos.

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Paula Freitas, Bruno Gaga e Cristian Vanelli são alguns dos participantes da atual edição que passaram pela famosa harmonização facial recentemente, logo após a eliminação.  Consequentemente, o procedimento tem ganhado a atenção do público, principalmente devido aos resultados polêmicos, com rostos artificiais e cheios de exageros. Mas a Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS) reforça que os resultados da harmonização facial, assim como de qualquer procedimento estético, dependem da técnica empregada, da indicação correta e da experiência do médico responsável, sendo perfeitamente possível conquistar um efeito natural e satisfatório.

"É comum que a harmonização facial seja citada como um procedimento específico que é realizado da mesma maneira em todas as pessoas. No entanto, essa informação é incorreta e pode levar a resultados exagerados. Na verdade, a harmonização facial é um termo criado para definir um conjunto de tratamentos estéticos que visam melhorar as proporções da face, para torná-las harmônicas, sem prejudicar a aparência do paciente", enfatiza o cirurgião plástico Daniel Lobo Botelho, presidente da BAPS.

Dessa forma, o primeiro passo para conquistar resultados satisfatórios com a harmonização facial é uma avaliação detalhada do rosto do paciente por um cirurgião plástico. A BAPS reforça que um exame clínico adequado deve visualizar a face como um todo, levando em consideração a estrutura óssea, o estado de tecidos, como gordura e músculos, e a qualidade e aparência da pele, além da proporcionalidade entre os segmentos da face. "Grande parte das vezes, a queixa do paciente foca apenas em uma estrutura específica do rosto, quando, na verdade, o incômodo vem da falta de proporção entre diversas estruturas que compõem a face, o que deve ser identificado pelo médico", acrescenta Daniel Botelho.

A decisão entre os diversos procedimentos também dependerá do objetivo da harmonização facial, que pode ser realizada com diferentes finalidades: 'beautification' , para pacientes ainda jovens que querem tornar o rosto mais proporcional; antienvelhecimento, que visa prevenir os primeiros sinais da idade; e rejuvenescimento, para restaurar estruturas importantes que sofreram alterações com o passar dos anos, levando ao processo de envelhecimento.

Com todas essas informações em mãos, o cirurgião plástico poderá definir quais técnicas serão utilizadas. "Na maioria dos casos, a harmonização facial é realizada através da aplicação de preenchedores injetáveis de ácido hialurônico, que têm como objetivo nivelar os sulcos e dar volume às regiões da face, principalmente maçãs do rosto, mandíbula e lábios. Porém, dependendo da queixa do paciente, podemos utilizar outras técnicas, como a toxina botulínica, que contribui para a suavização de linhas de expressão e correção do ângulo das sobrancelhas; e fios de ácido polilático, que são inseridos sob a pele para promover efeito lifting sem a necessidade de cirurgia", diz o médico.

Os procedimentos realizados para a harmonização facial, no entanto, são temporários, perdendo seus efeitos com o passar do tempo, sendo assim necessária uma nova intervenção. Além disso, a BAPS ressalta que a harmonização facial, por ser realizada sem intervenções cirúrgicas, possui limites bem definidos quanto ao que é capaz. Por exemplo, intervenções estruturais não são possíveis. E tentar extrapolar esses limites pode resultar em exagero e insatisfação.

"A escolha entre harmonização facial e procedimentos cirúrgicos depende dos objetivos do paciente. Mas optar por uma opção não necessariamente excluirá a outra. Não é incomum, por exemplo, pacientes começarem com a harmonização facial antes de decidirem por uma cirurgia plástica. O importante é conversar francamente com seu cirurgião sobre suas expectativas para que juntos cheguem à decisão sobre a melhor opção no seu caso", reforça Botelho.

No final das contas, a decisão mais importante para quem deseja se submeter à harmonização facial é com relação ao profissional que realizará o procedimento, afinal, a indicação adequada e os resultados são fatores intimamente conectados à experiência e conhecimento do médico responsável. A BAPS alerta que, devido à popularidade do procedimento, muitos lugares oferecem harmonizações faciais por preços mais baratos, mas que não são realizadas por profissional devidamente certificados, o que pode causar sérias complicações, principalmente pelo fato de o rosto ser uma região altamente vascularizada.

"Para evitar colocar a saúde em risco, é fundamental que você se certifique de que o procedimento será realizado por um profissional especializado, que deve possuir habilitação e credenciais para execução segura do procedimento. Para ter certeza disso, uma boa dica é verificar se o profissional conta com RQE, que é o registro de qualificação de especialidade do médico. Além disso, vale a pena também procurar por outras pessoas que já tenham passado por procedimentos com o seu médico e verificar qual foi a experiência delas", finaliza o especialista.

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