Produtos eróticos são sempre bem vindos na hora de apimentar a relação, principalmente em época de pandemia e quarentena em que a monotonia muitas vezes se torna muito presente.
De acordo com a pesquisa da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), o mercado de produtos eróticos teve um aumento no último ano, movimentando cerca de R$2 bilhões de Reais.
O portal Mercado Erótico também fez um levantamento entre março e maio de 2020, que mostrou que a compra de vibradores cresceu em 50% somente nesse período, e que muitas lojas acabaram ficando sem estoque.
No entanto, também foi notado que muitos dos vibradores possuem substâncias nocivas à exposição constante pelo contato com a pele e inalação. A falta de regras no setor, é um grande problema sanitário, possibilitando um comércio sem nenhum tipo de fiscalização sanitária ou de controle de qualidade dos produtos.
Vibrador tóxico?
A pesquisa também revelou que praticamente todos os dildos vendidos no país são feitos em PVC, CyberSkin, ABS, Latex, Jelly, TPE ou TPR, matérias primas consideradas tóxicas, já que apresentam aditivos perigosos em suas composições, como o chumbo, mercúrio, cádmio, ftalatos, além do famoso PBA.
Segundo o site Greenpeace, uma série destas substâncias são adicionadas ao PVC para alterar a cor e textura dos produtos e que os ftalatos são um grupo de compostos sintéticos pensado para interromper a função endócrina, interferindo com estrogênio (que são hormônios cuja ação está relacionada com o controle da ovulação e com o desenvolvimento de características femininas).
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De acordo com o ativista Peter Phinney, que combate a pirataria no mercado erótico, muitos brinquedos sexuais são fabricados e comercializados com as mesmas marcas do que outros, mas vendidos a preços muito mais baixos. Assim, não se importam com as condições higiênicas dos produtos, nem se eles podem apresentar algum risco à saúde.
“O mercado está saturado de brinquedos fora das normas e a maioria dos que utilizam esses produtos não sabem dessas informações porque é algo relativamente novo para a população”, explica a ativista.
Produtos de qualidade
Felizmente, apesar desta falta de controle sanitário e fiscal, algumas empresas brasileiras estão investindo na qualidade dos produtos, em respeito à saúde íntima de seus consumidores.
Renata Padovez, uma da sócias da Monster D de fantasy sex toys, decepcionada com a qualidade do mercado erótico no Brasil, optou por estar dentro das normas sanitárias e obter materiais sustentáveis.
“Encontramos a solução no Silicone Platinum, importamos de um dos melhores fabricantes do mundo e conquistamos o ROHS (Restrição de Determinadas Substâncias Perigosas) um renomado Certificado Internacional de Qualidade que comprova a origem e pureza da matéria prima, sem nenhum indício de irregularidade e perigo à saúde.”, explica Renata Padovez.