É muito comum algumas mulheres sentirem dor na relação sexual. Algumas durante o sexo, outras depois, mas o fato é que, segundo o psicólogo e médico Roberto Debski, o número de mulheres que sofrem com esse problema é grande.
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Segundo o especialista, a dor na relação pode ser persistente e recorrente e afetar a saúde física e mental da mulher, além de prejudar a qualidade de vida e os relacionamentos.
Segundo Roberto, a dor pode se ser resultado de duas situações: a dispareunia , que é a dor que ocorre durante ou após a relação, ou o vaginismo , que é a inabilidade em atingir a penetração vaginal - mesmo que ocorra o desejo - pela contração dos músculos. Ele diz ainda que ambos os transtornos usualmente aparecem juntos.
O médico explica que a dispareunia atinge cerda de 60% das mulheres, e essa dor que elas sentem pode levar a um distanciamento do parceiro por conta de uma possível perda ou diminuição do desejo sexual. Em muitos casos, o fato chega ao ponto de prejudicar o relacionamento. "A penetração se torna dolorosa e difícil, e a dispareunia é o distúrbio sexual que possui a maior porcentagem de causa físicas", revela.
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Tipos de dores
As dores ou incômodos são variados. A mulher pode sentir ardência , queimação e até pontadas durante o sexo ou tentativa de penetração. Essas dores, segundo Roberto, são sentidas em toda região genitália, externamente ou bem profundamente, e pode persistir até depois da relação.
Causas
As causas para dores e incômodos são diversas e podem ser físicas e psicológicas. Roberto dá os detalhes:
Causas físicas
Entre as causas físicas está o vaginismo, que é a contração involuntário dos músculos, causando dor no início da relação. I nfecções , doença inflamatória pélvica e DST também resultam em dores.
Causas psicológicas
A lista é mais extensa e abrange desde problemas de saúde, como a depressão, até tabus da socieda. Para Roberto, são diversos os motivos que atrapalham a relação sexual: ansiedade ; depressão; estresse; educação repressora e tabus em relação à sexualidade; crenças religiosas muito rígidas; culpas em relação à sexualidade; ter tido a primeira relação sexual muito dolorosa; passado de tentativa ou abuso sexual; baixa autoestima; medo de ficar grávida ou falta de desejo sexual pelo companheiro.
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Roberto explica que a dor que aparece na relação sexual no momento da penetração é sintoma de vaginismo. Já aquelas que persistem após as relações sexuais geralmente estão ligadas a outros fatores, como os psicológicos. "Esta dor pode ser de diversas intensidades, desde um pequeno incômodo até uma dor que impossibilite a relação", conta.
Tratamentos
É importante reconhecer a causa da dor. Nos casos de infecções e inflamações, os tratamentos são a base de medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e antifúngicos. Já no caso de problemas hormonais, há a reposição hormonal .
Uma vagina com pouca lubrificação também deixa a relaçào dolorida e, para isso, a sugestão é usar lubrificante pode ser a solução.
Para as causas psicológicas, a alternativa é tentar entender os problemas que resultam nessa situação e também fazer tratamentos, como terapia.Exercícios para a musculatura pélvica
e medicamentos também são indicados, dependendo do caso.
Ainda segundo o profissional, é importante que, ao aparecer qualquer sintoma, a mulher procure um especialista para que a dor na relação não se transforme em um problema ainda maior.