Sabe quando você sente uma fome específica, como por exemplo, de comer aquela pizza? Esse pode ser um claro sinal de que a fome é emocional. E aí vale um alerta: comer sem necessidade traz prejuízos para a saúde física e mental.
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“Nem sempre quando achamos que temos fome precisamos realmente comer. Diversos fatores emocionais influenciam a rotina alimentar de uma pessoa como ansiedade, tédio, estresse, tristeza, frustração ou apenas a força do hábito”, conta a nutricionista e especialista em obesidade, Gladia Bernardi.
“São esses sentimentos que, muitas vezes, fazem com que a pessoa ache que está com fome, quando, na verdade, é apenas uma vontade incontrolável de comer para encobrir essas sensações” explica a especialista.
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Como diferenciar a fome física da emocional?
De acordo com a nutricionista Samara Lopes, da clínica Renewmed, é possível diferenciar a fome física da fome emocional . Para isso, basta prestar atenção aos sinais que o corpo dá.
“A fome física causa desconforto no estômago, como uma ardência. Além de falta de energia, dores de cabeça e falta de concentração. A fome física não é seletiva, ou seja, se só tiver aquela comida que a pessoa não gosta, mas ela estiver com fome, ela vai comer. Além disso, a saciedade é respeitada. Passou a fome, a pessoa para de comer”, indica a especialista. Já a emocional é a vontade de consumir algo.
Quem cede à fome emocional com frequência pode ter transtornos alimentares e outras consequências graves e prejudiciais à saúde.
“A pessoa pode ficar com sobrepeso, desenvolver transtornos alimentares e, caso não identifique a causa, pode nunca aprender a lidar com as próprias emoções, o que a manterá nesse círculo vicioso”, diz Ellen Moraes Senra, psicóloga especialista em terapia cognitivo-comportamental.
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Identificados os sinais de que a maioria das refeições são motivadas pela emoção, a recomendação é procurar por ajuda profissional, seja de um psicólogo ou psiquiatra. O acompanhamento nutricional pode ajudar a reorganizar o cardápio e resistir à fome emocional.