A 46ª edição da São Paulo Fashion Week aconteceu entre os dias 21 e 26 de outubro. Como o maior evento de moda do Brasil e um dos mais importantes da América Latina, os desfiles são oportunidades para as grifes apresentarem suas novas coleções e, claro, os looks da SPFW podem mostrar o que deve ser destaque no mundo da moda .
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Em abril, quando foram apresentadas as coleções e looks da SPFW
N45, o que chamou mais atenção foram os conceitos alternativos
, além de muita influência da moda urbana que também levava uma pegada sustentável à passarela. Nessa edição, os destaques
vão para os detalhes: acessórios, tecidos, estampas e texturas — como é o caso da coleção cheia de diversidade apresentada pelo estilita João Pimenta.
No geral, as estampas estiveram bastante presente nos desfiles. Roupas expressivas, repletas de padronagens, desenhos, formas e muitas cores apareceram e tomaram conta da passarela dos desfiles, deixando os visuais um pouco mais com a cara do verão.
Ao mesmo tempo, muitas grifes apresentaram conceitos com inspirações diversas, Reinaldo Lourenço, por exemplo, trouxe a “mulher que constrói o futuro” para as passarelas e bateu de frente com o velho oeste criado pela Bobstore, com influência das obras da pintora norte-americana Georgia O’Keefee sobre o Novo México, nos Estados Unidos.
Os tons terrosos, passando do amarelo pastel ao mostarda, assim como as franjas, lenços amarrados no pescoço, chapéus e botas também foram detalhes que chamaram atenção.
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O minimalismo esteve presente com a grife Cotton Project, que levou as candy colors para os desfiles ao lado de acessórios ligados à décadas passadas, como os mini óculos .
Já os maxi acessórios, como os brincos e colares, apareceram como uma forte tendência para a próxima temporada.
A moda retrô também é outra questão que voltou a aparecer. Com os anos 80 e 90 invandindo a passarela, o brilho e o metálico, as estampas, como 'animal print' e listras, além de tonalidades mais fortes e chamativas, como o neon, apareceram em diversas coleções.
O projeto TOP5 levou cinco marcas de diferentes estados do Brasil para discutir a abertura de novos mercados e inserir os pequenos negócios no circuito da moda. Nesse contexto, as grifes Karine Fouvry, Borana, Vankoke, LED e Studio Kalline evidenciaram a cultura nacional.
De volta às raízes, apareceram peças mais fluidas, que usaram tecidos como linho, seda e algodão e focaram no trabalho manual do macramê, crochê e tricô. Estampas e texturas também ganharam vida nos desfiles, juntamente com a assimetria e peças bem marcadas.
Looks da SPFW com produtos reciclados, naturais ou biodegradáveis
Uma das novidades da SPFW N46 ficou por conta do Projeto Estufa, cujo objetivo é apresentar formas diferentes de criar e, principalmente gerar um debate sobre a utilização de novos materiais, novas economias e comportamentos. As marcas que participaram do projeto levaram o conceito de sustentabilidade em consideração na hora de criar looks da SPFW com materiais que são reciclados, naturais ou biodegradáveis.