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Vic Ferreira tem 18 anos e escreve ao iG Teen para falar sobre as descobertas e aventuras da vida na adolescência

Durante uma boa fase de nossas vidas, somos totalmente dependentes, seja em relação a dinheiro, locomoção e, principalmente, nas decisões que tomamos ou gostaríamos de tomar. É exatamente nessa fase que os nossos pais tendem a ser protetores , o que é completamente normal, o problema começa quando qualquer forma de liberdade ou aprendizado é barrado nessa relação de pais e filhos porque eles morrem de medo de ver seus filhos irem embora. Pais que proíbem a filha de sair com os amigos, de se vestir da maneira que gosta, que controlam cada passo que ela dá podem ser bastante sufocantes.

Relação entre pais e filhos pode ficar complicada em casos de superproteção
Reprodução
Relação entre pais e filhos pode ficar complicada em casos de superproteção

Hoje eu vou tentar ajudar vocês sobre essa convivência de pais e filhos , principalmente se você estiver nessa parcela que sofre com a superproteção e seu pai e sua mãe agem como se estivessem em um quartel general  (kkk).

Na minha opinião, o primeiro passo é tentar entender por que eles têm esse tipo de atitude. Podem existir diversas motivações: medo de que o filho se machuque psicologicamente, ter tido uma criação semelhante e até ciúmes . Portanto, em vez de ter raiva de seus pais, tente entender também que essa superproteção provavelmente acontece por amor com um toque de possessividade.

Sabendo disso, vamos a algumas dicas de como lidar com essa situação dentro de casa: 

Aposte na conversa

Pra mim, a dica mais importante de todas é: ter um relacionamento baseado em diálogo . Pode parecer bobo, mas é exatamente aqui que vocês vão se conhecer, e como confiar em alguém que você não conhece?

Não banque o adolescente revoltado que responde perguntas de forma dura. Tente se abrir, afastar seus pais só piora a relação. Sei também que muitos pais são fechados e não dão muita liberdade para conversas , se esse é seu caso,você precisa tomar a iniciativa e deixar claro que isso é importante pra você.

Demonstre confiança

Essa é a parte mais difícil, porque ela precisa de dedicação. Todo e qualquer tipo de liberdade que te for dada, por menor que seja, precisa ser usada a seu favor. Por exemplo? Seus pais, que nunca te deixam sair, liberaram um cinema com a galera. Avise quem vai estar lá, o horário da sessão, que horas você volta, onde fica o cinema e mande algumas mensagens durante o passeio, para passar confiança. Sei que isso pode ser muito chato, mas vai mostrar a seus pais que você é maduro o suficiente e que eles podem confiar em você.

Deixe seus sentimentos claros

Mostre pra eles que esse comportamento pode afastar vocês e te prejudicar no futuro. Ao contrário do que muitos pais pensam, a superproteção prejudica muito na fase adulta dos filhos. Uma hora ou outra, os adolescentes se tornam adultos e precisam se virar, mas filhos de pais super protetores não aprenderão como fazer isso sozinhos. É como prender um leão em uma jaula desde pequeno e, depois de uma certa idade, precisar soltá-lo na floresta e esperar que ele saiba caçar. Não vai rolar!

Espero de coração que minhas dicas ajudem um pouco na relação de pais e filhos de vocês. Apesar de nunca ter tido esse problema em casa, já vi de perto como isso pode ser complicado. Quer conversar comigo e contar sua história? Corre nas minhas redes sociais ;)

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Victoria Ferreira tem 18 anos e escreve para o iGTeen
Arquivo pessoal
Victoria Ferreira tem 18 anos e escreve para o iGTeen

* Victoria Ferreira tem 18 anos e escreve às quartas no iGTeen. Ela é do signo de Áries, fotografa iniciante e estudante do primeiro semestre de Jornalismo. Cupim de livros, rata da internet e viciada em séries. Gosta de conversar sobre tabus e assuntos que mais ninguém gosta de falar: "Para mim, os assuntos que as pessoas mais temem debater são os mais importantes". Vive em uma eterna discussão consigo mesma e sua cabeça nunca para. Foi exatamente por isso, que começou a escrever: para colocar esses pensamentos no papel, ou nas telas.