A produção de leite nas mamas em períodos fora da amamentação, chamada de galactorreia, ocorre em decorrência de algum desequilíbrio hormonal do organismo, produzindo em excesso a prolactina, cuja função é induzir a produção de leite.
“Essa condição pode acometer, inclusive, pessoas do sexo masculino”, explica o ginecologista e mastologista André Mattar, diretor da Sociedade Brasileira de Mastologia-SP e também diretor do núcleo de Oncologia Clínica do Hospital Pérola Byington em São Paulo.
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Para descobrir a causa desse desequilíbrio, são necessários exames de diagnóstico por imagem, como ultrassonografia das mamas, ressonância magnética do crânio e, eventualmente, avaliação de outros especialistas como endocrinologistas.
As principais causas do aumento da prolactina são a gravidez e a amamentação, mas isso pode ocorrer também, entre outras causas, por tumor na hipófise cerebral, uso de alguns medicamentos, estimulação das mamas ou devido a algumas doenças endócrinas.
Como em muitos casos a galactorreia está relacionada a alterações hormonais, pode ser que tanto mulheres como homens tenham alguns outros sintomas, como ausência de menstruação ou alteração do ciclo menstrual; secura vaginal, crescimento de pelos no rosto, no caso das mulheres; e disfunção erétil, no caso dos homens.
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O tratamento indicado depende da causa e da intensidade da doença, sendo necessária uma avaliação médica. De forma geral, os tratamentos envolvem medicamentos para bloquear a produção de prolactina e, em casos selecionados, até cirurgia e radioterapia.
É preciso ficar atento e caso ocorra a produção de líquido leitoso nas mamas, fora do período de amamentação, podendo surgir até mesmo secreções amareladas ou esverdeadas, o ideal é procurar um médico para uma avaliação cuidadosa.