Claudia anunciou gestação dançando em vídeo nas redes
Reprodução/Instagram
Claudia anunciou gestação dançando em vídeo nas redes

A atriz e apresentadora Claudia Raia (55) anunciou, na última segunda (19), sua terceira gravidez. A novidade foi anunciada pelo Instagram, onde ela divulgou fotos do resultado positivo do teste ao lado do marido, Jarbas Homem de Mello. 

"Eu falei 'meu Deus do céu, eu tô grávida, como é que aconteceu isso?”, contou a atriz nas redes. A atriz é mãe de Enzo Celulari, de 25 anos, e Sophia Raia, de 19.

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Aos 55 anos, a gestação de Claudia é considerada uma gravidez tardia. “Nos livros de medicina, descreve-se uma gestação tardia como mulheres com mais de 35 anos ou mais”, explica a médica Marise Samama, fundadora e presidente da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil.

Marise explica que, com as mudanças de comportamento nas últimas décadas, a maioria das mulheres opta por engravidar depois dos 30 anos de idade. “Essa população de gestantes com 30, 35, 40 anos está aumentando muito nos últimos anos, e nós, obstetras, estamos nos preparando para atender essas mulheres”.

“É como se a mulher tivesse nascido com uma cestinha e que seus óvulos ficam  ali guardados, porém essa cestinha é vazada, cheia de furinhos. Então, com o passar do tempo, esses óvulos acabam caindo pelo caminho. Em algum momento essa perda será mais significativa, inclusive de óvulos com uma qualidade muito boa”, comenta a Dra. Larissa Cassiano, médica ginecologista e obstetra, especialista em gravidez de alto risco e parto humanizado.

Larissa detalha que não existe uma regra exata que vai dizer qual idade isso vai acontecer. “Para algumas pessoas será com 35, 36 ou 38, ou até mais, da mesma forma que, para outras pessoas, isso pode acontecer antes. O importante é entender que isso não tem reposição, não há remédio e nem tratamento que vá conseguir repor os óvulos que foram perdidos”.

A gravidez tardia é um fenômeno acompanhado de certos riscos para a mãe. Segundo a médica, os riscos de uma gestação nessa idade estão relacionados a síndromes obstétricas, como eclâmpsia, diabetes gestacional, trombose e descolamento de placenta.

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O bebê também pode ser afetado, já que a gestação tardia pode levar a má formação fetal, alterações cromossômicas e um risco de aborto ou de um nascimento precoce. “Às vezes o bebê pode ter alguma alteração cardíaca, ou até sobrepeso. Aqueles bebês bem grandes que nascem com cinco a seis quilos são devido a diabetes gestacional”, diz Marise.

É possível engravidar depois dos 35?

Por mais que existam riscos, é sim possível engravidar com 40 e 50 anos. Uma mulher que deseja engravidar de forma tardia deve, sem dúvidas, buscar ajuda profissional para garantir a saúde do bebê e de seu próprio corpo. 

Reprodução assistida auxilia mães mais velhas a engravidarem
Foto: Freepik
Reprodução assistida auxilia mães mais velhas a engravidarem

“A gravidez em idade mais avançada, principalmente depois dos 40 anos requer um cuidado redobrado, né? A mulher depois dos 40 anos, pode já ter algumas doenças, ou ter feito alguns outros tratamentos ao longo da vida que podem levar a maior risco durante a gestação”, detalha Marise. 

Mulheres com mais de 50 anos precisam se atentar aos cuidados médicos durante a gestação. “Ela pode ser extremamente saudável e mesmo assim na gravidez existe um risco aumentado de desenvolver diabetes gestacional, hipertensão arterial pré-eclâmpsia e os outros problemas, porque a vascularização aos 50 anos não é igual a uma mulher mais jovem”.

Métodos

Uma alternativa para as mulheres que sonham com uma gestação própria e saudável são os métodos de reprodução assistida.

“Não devemos ficar presos na ideia de que tem que se engravidar até aos 35 anos, porque depois disso não se consegue mais engravidar ou se engravidar, a mulher estará fadada a uma gestação de risco. Infelizmente, essa ainda é uma ideia comum entre as mulheres”, explica a médica Larissa.

Técnicas como inseminação artificial e coito programado podem ajudar quem deseja se tornar mãe até os 45 anos. A menopausa, no entanto, impede a gravidez de forma natural. Com a simulação de hormônios e com ajuda profissional, é possível ter filhos durante esse período. 

A principal opção para quem deseja engravidar dessa forma é a fertilização in vitro (FIV), um processo de alta complexidade médica. Esse procedimento pode ser realizado com óvulos previamente congelados da mulher ou com óvulos doados.

Os óvulos são fertilizados em laboratório, e depois, podem ser inseridos no útero da paciente. “A mulher passa por um processo que nós chamamos de preparo do endométrio que é preparar o útero para receber esse embrião, então ela precisa receber hormônios”, explica Samama. Os embriões também podem ser congelados. 

Cuidados médicos aumentam sucesso da gravidez tardia
Foto: Reprodução/Unsplash
Cuidados médicos aumentam sucesso da gravidez tardia

“Cada uma de nós, mulheres, nascemos com uma quantidade única de óvulos, e que é para a vida. Se [uma mulher] deseja vivenciar a maternidade no futuro, vale a pena pensar no congelamento ou pensar na maternidade um pouco antes. O importante é ter em mente que a quantidade de óvulos que você tem na vida é única e não tem como repor depois que você perde”, finaliza Larissa.


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