A pandemia do novo coronavírus passou a naturalizar o uso de máscaras no Brasil e no mundo. Assim, o item se mostrou essencial para levar os dias pelos próximos anos com proteção.

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Além de arriscado, o uso de máscaras em bebês é desconfortável para a criança
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Além de arriscado, o uso de máscaras em bebês é desconfortável para a criança


No entanto, nem todas as pessoas estão seguras ao utilizarem os equipamentos para irem a rua. É o caso de crianças com menos de dois anos. Segundo autoridades de pediatria, o uso de máscara em crianças de 0 a 2 anos não é segura, já que torna a respiração mais difícil e pode levar à asfixia.

Entre órgãos internacionais que alertaram pais sobre as complicações do uso de máscara em bebês estão a Associação Pediátrica do Japão, Academia Americana de Pediatria e o Centro para Controle de Doenças dos Estados Unidos.

Em território brasileiro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) informaram, ainda, que o uso de máscaras não é aconselhável também em crianças portadoras de doenças pulmonares e distúrbios neurológicos; além de asmáticas.

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O presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP e infectologista Renato Kfouri afirma que o principal risco é que a criança seja sufocada. “A máscara deve ser evitada por aqueles que não conseguem manejar, ou seja, tirar a própria máscara do rosto", explicou.

O residente do Departamento de Imunizações da Sociedade de Pediatria da SPSP, pediatra e infectologista Marco Aurélio Safadi, afirma ainda que o uso do equipamento pode ser desconfortável e colocar o bebê em risco. A máscara também pode ser menos efetiva pela grande quantidade de saliva que crianças dessa faixa etária emitem pela boca.

Como proteger meu filho?

Com isso, a dúvida que pode pintar na cabeça dos pais é: de que maneira posso proteger meu bebê? O recomendável é que crianças de 0 a 2 anos não saiam de casa. Caso a saída seja necessária, as mãos devem ser higienizadas com muito mais frequência que no caso dos adultos.

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Além disso, elas devem permanecer no colo a todo momento e todas as roupas usadas precisam ser lavadas. No entanto, após os dois anos as crianças têm mais capacidade de compreender o uso das máscaras .

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Também é importante que pais prestem atenção ao orientar as crianças sobre emprestar objetos a outras crianças. Isto porque a máscara não deve ser compartilhada nem mesmo entre crianças da mesma família.

No caso de crianças maiores de dois anos, as máscaras não devem ser usadas por mais de quatro horas. Caso molhadas, devem ser trocadas antes. No caso de máscaras de tecido, é preciso sempre lavar com água e sabão, além de ser aconselhável colocar de molho por meia hora em água sanitária.

Novo costume

Safadi relembra aos pais que o uso de máscaras é um costume novo para as crianças brasileiras e que pode causar desconforto nos pequenos. Segundo ele, houve relatos de crianças que sentiram os elásticos apertando as orelhas ou dificuldade de respirar.

"Muitas crianças entre 3 e 5 anos nos surpreenderam e começaram a entender melhor a necessidade de usar máscaras", afirmou o pediatra.

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Ele explicou também que, ao observar mais adultos ao seu redor utilizando o “novo acessório”, pode assimilar com mais rapidez que a utilização é necessária no contexto em que vive.

Entre os métodos que os pais podem tentar usar é adquirir máscaras estampadas com desenhos ou personagens que a criança goste.

Também é importante lembrar que as máscaras para adultos não podem ser utilizadas, mas devem ser trocadas por equipamentos de algodão que se ajustem de forma correta no rosto da criança.

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