A britânica Carrie Golledge viveu, há dois anos, o pesadelo da maioria das mães: ela viu sua filha Sophie, de apenas seis anos, numa cama de hospital. De acordo com a mãe, a internação ocorreu há dois anos após sucessivas infecções, febre e diarreia “sem explicações”. Mais tarde, os médicos constataram que a pequena sofria crises de ansiedade engatilhadas pelo bullying .
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Sophie foi à escola pela primeira vez em 2017. Carrie conta que, na ocasião, a filha estava animada por se tornar uma “menina grande”, como dizia. Os problemas de saúde começaram a surgir poucos meses depois, quando Sophie passou a chegar desmotivada em casa e a chorar muito antes de dormir.
Quando os pais perguntavam o que incomodava a menina, Sophie respondia que “não tinha amigos para brincar”, mas, ao investigar na escola, os professores disseram que ela havia feito amizades e estava bem adaptada.
Sophie de fato tinha algumas amiguinhas, mas a relação não era boa. De acordo com os relatos da mãe, uma das “melhores amigas” de Sophie, da mesma idade, fazia com que a pequena parasse de comer coisas que não a agradavam e dizia coisas como “seus pais não te amam”, além de outras agressões .
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Assim, a menina perdeu peso e começou a apresentar vômitos, diarréia e sucessivas infecções urinárias tão severas que fizeram com que fosse internada mais de uma vez e medicada com antibióticos. “Os pediatras fizeram todos os tipos de exames mas não conseguiam encontrar uma causa para a queda de imunidade”, disse Carrie ao portal The Sun.
Foi quando a mãe fez a terrível descoberta de que sua filha sofria um bullying tão terrível na escola que estava adoecendo fisicamente. Na ocasião, ela diz que postou uma foto da menina hospitalizada com a legenda “isso é o que o bullying faz”.
Ao denunciar as agressões para a escola, Sophia contou à mãe que apenas disseram que ela “fosse brincar com outras crianças”, o que fez com que a menina ficasse ainda mais retraída. Além disso, uma das professoras sugeriu que ela passasse o recreio dentro da sala. “É como se estivesse punindo minha filha pelo que ela sofria”, disse a mãe.
E para deixar a situação ainda mais chocante, Carrie conta que os pais das crianças mais opressoras também começaram a fazer piadas com sua filha nas redes sociais. “Eu apaguei os comentários e nunca vou deixar que Sophie saiba, mas a situação que me machucou demais”, contou.
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Após a confusão, Sophie foi retirada da escola que estudava, que de acordo com Carrie agiu de maneira negligente. Hoje, a pequena tem novos amigos e relações saudáveis em outro ambiente. “Tivemos sorte em ter nossa Sophia de volta, mas eu ainda morro de medo de como as pressões do mundo moderno e o bullying podem machucar nossas crianças”, disse a mãe.