Viajar com crianças não é fácil, principalmente quando elas começam a ficar incomodadas e chorar durante o percurso. Os olhares de estranhos voltam-se para a mãe e a situação parece ficar cada vez pior. Foi o caso de Molly Schultz, mãe de gêmeas, que fez uma viagem de avião com as duas filhas de sete meses. Por conta das longas horas de voo e do ambiente fechado, as pequenas ficaram irritadas e começaram a chorar.

A mãe de gêmeas conta que ela e as filhas já estavam chorando quando uma desconhecida ofereceu ajuda
Reprodução/Love what matters
A mãe de gêmeas conta que ela e as filhas já estavam chorando quando uma desconhecida ofereceu ajuda


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O que salvou a mãe de gêmeas foi a empatia de uma desconhecia que de disponibilizou a ajudá-la sem receber nada em troca. Diante disso, Molly escreveu um longo agradecimento emocionante no portal “Love What Metters”. As palavras da mãe relatando o caso ensinam muito sobre convivência e solidariedade.

Relato da mãe de gêmeas

Mãe de gêmeas diz que sentiu olhares quando as filhas começaram a chorar e foi um momento bem ruim. Por sorte, recebeu ajuda
Reprodução/Love what matters
Mãe de gêmeas diz que sentiu olhares quando as filhas começaram a chorar e foi um momento bem ruim. Por sorte, recebeu ajuda

“Você soube que eu precisava de você quando eu tive vergonha de pedir. Eu estava voando de volta à cidade em que cresci para me despedir do meu pai que estava morrendo e eu não fazia ideia de quando voltaria para casa. Esse era um voo apenas de ida”, começa a mulher.

Molly conta que a mulher apareceu para ajudá-la quando ela e as duas meninas choravam sem saber o que fazer. “A gente já tinha voado de Washington a Minneapolis e passado um período absurdo no aeroporto. Nós estávamos todas tão fartas dessa viagem ”.

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Molly fala que sentiu que todos no avião estavam revirando os olhos para ela, como se não estivesse se esforçando o suficiente para acalmar as gêmeas. “Honestamente, eu só queria levantar e gritar, ‘Se você está incomodado com esse choro, por favor venha aqui e me ajude’. Eu sabia que a maior razão para elas estarem perdendo a cabeça é que ambas queriam colo, mas eu não sabia como niná-las ao mesmo tempo no meio de um avião”.

Foi então que a desconhecida se dirigiu até a ela e se sentou no assento vazio para ninar uma das bebês . “Eu entreguei a você uma garrafa de leite e você embalou minha filha, enquanto cantava uma canção de ninar, olhando nos olhos dela. Eu fiquei envergonhada da minha incapacidade de fazer o mesmo por minhas próprias filhas, mas tão agradecida pela sua graça nesse momento”.

“Você em nenhum momento me fez sentir inadequada. Muito pelo contrário, você me mostrou uma empatia única no meu pior momento. Você a acalmou como qualquer pessoa da família faria, lhe dando o amor que ela precisava naquele momento. A todos nós”, continua.

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Molly ainda comenta sobre a dificuldade de viajar com crianças, mas que, felizmente, algumas pessoas entendem e apoiam as mães nessa jornada. “Obrigada por me tratar com a dignidade e o amor que eu desesperadamente precisava. Eu espero que essa carta chegue a você e espero que você se lembre de nós pela foto daquele voo. Eu espero que você saiba que você salvou uma mãe de um colapso mental a 10 mil metros do solo”, finaliza a mãe de gêmeas .


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