Amamentar
nem sempre é uma tarefa fácil. Além de muitas mulheres sentirem dor
, algumas não conseguem produzir leite materno o suficiente para suprir a necessidade de seus bebês. É para ajudar as mães que estão passando por esses tipos de dificuldades que a norte-americana Tabitha Frost bombeia, armazena e, depois, doa o próprio leite.
Tabitha tem síndrome de hiperlactação, um fenômeno raro que faz com que ela produza três vezes mais leite materno do que a média para uma lactante. Por causa disso, ela decidiu doar o que a filha Cleo, de oito meses de idade e que está em fase de amamentação, não consome. Desde o nascimento do bebê, já foram distribuídos cerca de 443 litros de leite.
Em entrevista ao portal britânico "Independent", a mãe estima produzir aproximadamente 2,5 litros por dia. "[A enfermeira] nunca tinha visto tanto leite", conta, lembrando do momento em percebeu ter hiperlactação, depois do parto de Cleo.
Entretanto, a filha só consome 740 mililitros de leite. O restante, Tabitha congela para manter preservado e, depois, envia a uma empresa norte-americana especializada para que ele possa ser encaminhado, sem micro-organismos, a bancos de leite e mães necessitadas.
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"Recentemente, doei leite para bebês gêmeos que nasceram prematuros. Eles têm uma condição que faz com que precisem ser alimentados por tubos", relata. Além de bebês prematuros, crianças que são alérgicas a fórmula ou cujas mães não conseguem produzir leite suficiente também recebem as doações de Tabitha.
A rotina da mãe que produz leite materno em excesso
Por causa da produção em excesso, Tabitha conta que precisa bombear leite a cada três horas, independentemente do que está fazendo ou de onde está. "Minha rotina não para se eu estou de férias, me sentindo mal ou não tenha dormido direito. Estou sempre tirando leite. Estou bombeando em qualquer lugar: shows, jogos de basebol, no carro, em museus."
Inclusive, a mãe confessa que a rotina de bombear leite a atrapalha muitas vezes, principalmente quando consegue sair para um encontro com o marido, Nick. "Sempre que saímos à noite preciso parar por 15 minutos para continuar bombeando. Ele sabe que não importa onde estamos, preciso parar a cada três horas para isso."
Apesar disso, Tabitha afirma que o marido a apoia em tudo que faz, especialmente quando o assunto envolve as doações. "Com certeza tudo isso dá muito trabalho, mas muito gratificante. Não me vejo parando de doar leite materno algum dia", finaliza.