Quando nos tornamos mães, temos a vontade de compartilhar os mínimos detalhes sobre cada passo dos nossos bebês na internet , desde o primeiro mergulho na piscina até quando eles aprendem a usar o toalete. No entanto, essas imagens inocentes podem ser usadas de forma errada por estranhos online, o que tem mais chance de ocorrer com o uso de hashtags.

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O uso de hashtags em fotos com bebês pode colaborar para que estranhos na internet usem-nas para outras finalidades
Reprodução/Youtube/Child Rescue Coalition
O uso de hashtags em fotos com bebês pode colaborar para que estranhos na internet usem-nas para outras finalidades


As hashtags facilitam o acesso dos estranhos às fotos dos bebês, ao tornarem-nas mais fáceis de serem encontradas na internet. Por isso, está sendo lançada uma campanha para que os pais tenham mais cuidados na hora de compartilhar fotos nas redes sociais, pela Child Rescue Coalition, uma organização em prol da proteção das crianças no meio digital.

Em entrevista ao site “DailyMail”, David Angelo, presidente da organização, alega que pedófilos costumam procurar por tags como #BathTime (em português, “hora do banho”), #NakedKids (“crianças nuas”) e #ToiletTraining (“treinando o toalete”) para conseguirem encontrar cliques de bebês.

“Enquanto os pais ficam postando fotos íntimas e detalhes sobre seus filhos nas redes, eles não têm a menor ideia do quão fácil tudo isso pode ser manipulado por ‘predadores’ online”, afirma o presidente.

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A campanha pelo fim das hashtags

A campanha incentiva que pais publiquem fotos de seus bebês segurando uma plaquinha escrito
Reprodução/Youtube/Child Rescue Coalition
A campanha incentiva que pais publiquem fotos de seus bebês segurando uma plaquinha escrito "privacidade, por favor"


Para manter as crianças protegidas, a organização criou a “Kids For Privacy”, campanha que incentiva os pais a compartilharem uma foto de seus filhos com uma placa escrito “privacidade, por favor”.

O programa alerta também para o uso de localização na hora de postar uma imagem, já que stalkers podem usar essa informação para rastrear mais informações. Além disso, o fato de que essas gerações crescerão e encontrarão muito da privacidade de suas vidas na internet pode ser perigoso para a integridade delas, segundo a campanha.

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A questão também é abordada pela especialista australiana em maternidade Kristy Goodwin em seu livro Raising Your Child In A Digital World (“criando seu filho em um mundo digital”). Ela afirma que o lado positivo de compartilhar nas redes sociais é manter outros membros da família atualizados sobre a criança, mas que 50% das imagens em sites dos ‘predadores’ foram tiradas de redes sociais de pais.

Kristy encoraja os pais a deixar que suas crianças ajudem a escolher as fotos que serão compartilhadas para que eles construam o próprio “DNA digital”, sem também o uso de hashtags e localização descontrolado.

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