Perder um filho, independentemente da idade, é algo traumático para qualquer mãe. No caso da americana Sam Mellor, por exemplo, não foi possível nem mesmo ouvir aquele primeiro choro da criança quando nasce, já que, quando ela chegou no hospital para o parto do filho Alek, ele já estava sem os batimentos cardíacos. Foi uma experiência traumática e que fez com que a jovem perdesse a cabeça em alguns momentos, mas o esporte a fez contornar a situação.

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Para a mãe, além de ser uma forma de manter o corpo e a mente saudáveis, o esporte a ajuda a ter maior contato com o filho
Facebook/Sam Mellor/Reprodução
Para a mãe, além de ser uma forma de manter o corpo e a mente saudáveis, o esporte a ajuda a ter maior contato com o filho

A recuperação de Sam não foi nada fácil, já que ela decidiu ter um parto natural mesmo sabendo que o filho já nasceria morto. Além da tristeza que sentiu durante o processo, a mãe perdeu muito sangue e precisou ainda de duas transfusões. Foram 16 horas em trabalho de parto e dez semanas para o corpo se recuperar, tempo que ela levou para voltar ao tecido acrobático , em que os atletas praticam acrobacias e/ou movimentos de ioga em tecidos pendurados no alto.

A americana conheceu o esporte em 2009 e, quatro anos depois, já havia se profissionalizado ao ponto de abrir o próprio o estúdio. Em 2014, ficou grávida de Alek, mas o trauma que passou com a gestação não foi suficiente para tirá-la dos tecidos. Em entrevista ao site americano da revista “Cosmopolitan”, Sam explica que usou os treinos para fugir dos pensamentos ruins.

“Às vezes, eu simplesmente enlouquecia e ficava brava. O tecido acrobático se tornou um santuário por um tempo. Me criou uma sensação de determinação e força que fez com que eu sentisse que poderia fazer qualquer coisa que quisesse, criando um novo senso de auto-estima, uma razão para continuar.”

Recuperação

Sam usa os momentos no tecido para lembrar de seu pequeno Alex e também aumentar o laço que está criando com Drew
Instagram/sarasotawarrior/Reprodução
Sam usa os momentos no tecido para lembrar de seu pequeno Alex e também aumentar o laço que está criando com Drew

Durante o processo de recuperação da morte do primeiro filho, Sam ficou grávida pela segunda vez. A gestação de 2016 foi diferente, com a americana mais preocupada do que da outra vez – mesmo que ela não tenha feito nada de errado na primeira gravidez. “Toda vez que eu sentia que havia algo de errado me sentia mais nervosa do que quando na gestação de Alek. Fiquei muito assustada durante todo o processo.

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Sam parou de ensinar acrobacia aérea e fechou o estúdio. Ao invés do antigo trabalho, passou a fabricar e vender os tecidos que são necessários para o esporte. Em novembro de 2016, chegou ao mundo Drew, sem problema algum. Mesmo não dando mais aulas, a jovem voltou para as acrobacias.

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Ela percebeu que poderia praticar o esporte mesmo com Drew ao seu lado e ainda descobriu que esta poderia ser uma forma de se aproximar ainda mais do filho. Hoje, a mãe explica que pensa todos os dias em Alek, mas também consegue compartilhar a alegria de Drew. Tanto que as fotos com o filho que publica em suas redes sociais já se tornaram um sucesso. Só no Instagram são 15 mil seguidores. Com sua história de superação, Sam se tornou uma inspiração.

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