Durante a gravidez, a canadense Stefanie Wahl descobriu que a filha nasceria com a rara síndrome de Patau – doença genética que afeta o cromossomo 13 – e devido a essa complicação, os pais foram avisados que a pequena Samantha só viveria por minutos ao sair da barriga. Mesmo assim, a mãe disse "não" ao aborto e decidiu seguir com a gestação.
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A mãe optou por seguir a gravidez até o fim porque queria apenas poder segurar a filha nos braços. “Definitivamente, não seríamos a causa da morte de nossa filha”, desabafa a canadense em entrevista ao portal britânico “Mirror”. “Fiquei feliz em manter minha garotinha e estava contente por ela estar conosco. É o mínimo que eu poderia fazer como sua mãe”, acrescenta.
O casal já tem um filho, Leontine, de dois anos, então não imaginavam que algo do tipo, como uma doença rara, pudesse acontecer. “Quando descobri que era provável que ela tivesse a trissomia 13 fiquei no chão. Isso é a pior das piores coisas que já vive”, lembra a mãe. A confirmação de que a menina nasceria com esse problema veio no segundo ultrassom.
Muitas complicações
A síndrome que Samantha nasceu causa deformações faciais e algumas anormalidades, como dedos extras nas mãos ou nos pés e, nos casos mais graves, os órgãos podem crescer fora do corpo. As estatísticas indicam que nove em cada 10 crianças que nascem com Patau morrem antes de completar um ano.
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Embora alguns bebês consigam ter vidas prolongadas com cirurgia cardíaca, o casal foi informado de que Samantha não poderia ser operada porque ela só tinha “meio coração”. Nos exames posteriores, outros problemas formam constatados, como, por exemplo, a falta de maior parte do cérebro. Fora isso, um dos órgãos dela nasceu para fora e o nariz não foi formado.
Três dias marcantes
Mesmo com todas as adversiades, a canadense conseguiu seguir com a gestação e com 36 semanas o parto precisou ser induzido. Quando a bebê nasceu, os pais ficaram encantados com a menina. Foi um dia especial e ao mesmo tempo triste, pois eles sabiam que não ficariam muito tempo com a recém-nascida.
Os pais tinham fé de ficar pelo menos um mês com a pequena, mas foram informados que ela só resistiria alguns minutos ou talvez horas. Entretanto, Samantha se mostrou guerreira e ficou viva por três dias. “Foram os três dias mais estressantes e difíceis de nossas vidas, mas também os mais doces. Eu teria aqueles três dias mais uma vez por cem vezes”, relata Stefanie. “Toda vida é significativa, não importa quão difícil ou curta ela é”, completa.
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A mãe ainda está se recuperando do parto e da gravidez e sente dores pelo corpo. Stefanie está doando o leite materno para um amigo cujo bebê nasceu no dia anterior da filha. Mesmo desolado, o casal tem certeza que fez a coisa certa. “Ela era nossa filha, e embora não tenha ficado por muito tempo, ela deixou um buraco em nossa família”, finaliza.