Após o nascimento é preciso fazer uma série de exames para garantir a saúde do bebê. Entre eles está o teste da orelhinha, ou triagem auditiva neonatal. Assim como o teste do pezinho, o exame é rapido e permite identificar se o recém-nascido tem algum problema auditivo.
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De acordo com a fonoaudióloga Andreia Abrahão, fazer o teste da orelhinha é essencial para que possíveis problemas sejam identificados rapidamente. "Não identificar um déficit auditivo precocemente, além de prejudicar a formação da linguagem, é algo que costuma comprometer o desenvolvimento social e emocional da criança", explica.
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Importância de ouvir bem
Andreia explica que ouvir bem é muito importante para que a criança conseguia desenvolver a linguagem. Segundo ela, a partir do quinto mês gestacional o órgão auditivo do bebê já está formado e ele é capaz de ouvir os sons fora da barriga. “Assim quando ele nasce, identifica os sons e principalmente a voz da mãe. Com o passar dos primeiros anos de vida, a linguagem se aprimora", diz.
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Quando uma deficiência auditiva é identificada assim que o bebê nasce, é possíve encaminhar imediatamente para um tratamento especializado. "Atualmente há tecnologia para praticamente todos os casos, permitindo que o bebê seja protetizado precocemente e tenha acesso ao som, desenvolvendo sua comunicação de uma forma muito parecida com uma criança ouvinte", explica. Por isso, é tão importante fazer o exame.
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Como é feito
O exame é rápido e indolor e muitas vezes é realizado enquanto a criança está dormindo. “O procedimento é pouco invasivo e os pais podem acompanhar. Encostamos na orelha da criança um pequeno fone de ouvido que emite um som de baixa frequência e mede as respostas que são emitidas pela orelha interna da criança”, explica.
Se o diagnóstico for positivo, encaminha-se a criança para um médico otorrinolaringologista, que irá orientar qual o melhor tratamento para o problema.
Histórico
O teste da orelhinha é obrigatório nas maternidades do Brasil desde agosto de 2010. Antes desse período, apenas crianças de grupos de risco, como prematuros, bebês abaixo do peso, que possuem alguma síndrome ou que tiveram alguma infecção durante o desenvolvimento na gestação faziam o teste. No entanto, isso fez com que muitos recém-nascidos não fossem devidamente diagnosticados e encaminhados para tratamento.