Bruno Fernandes, conhecido como ' goleiro Bruno ', reclamou da falta de reconhecimento do Flamengo. Ele é condenado pelo sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio . Em entrevista para o canal 'Nação Urubu 81', ele disse que fica triste por não ser lembrado pelo clube carioca.
"Eu fico muito triste quando chega o dia do goleiro e não postam uma foto do Bruno. Eu vejo torcedor cobrando isso. É isso que me deixa chateado. Independente do que tenha acontecido com a minha vida pessoal, a Justiça me condenou, não existe prisão perpétua no Brasil, eu cumpri, estou tentando me reerguer, e eles postam foto de todos os goleiros, menos a do Bruno", disse.
Bruno foi preso em 2010 por planejar e participar do sequestro e assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um filho. Condenado a 22 anos de prisão, ele deixou a cadeia em 2019 e agora cumpre pena no regime semiaberto. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.
A mãe de Eliza, Sônia, contou ao jornal O Globo que luta há 10 anos na Justiça para que Bruno pague a pensão alimentícia ao filho que teve com ela.
“O processo de pensão alimentícia foi aberto quando minha filha ainda estava viva. Até hoje, Bruno não depositou um centavo para o filho. Nenhum oficial de Justiça consegue citá-lo. O curioso que até eu tenho o endereço dele e o judiciário não... Tentei receber para meu neto o auxílio-reclusão que os filhos de preso têm direito e isso também foi negado. Todos os direitos do Bruninho foram violados desde antes de seu nascimento”, desabafa a avó materna.
Sem a ajuda financeira do pai, cujo nome está na certidão de nascimento, Bruninho cresce sob os cuidados dos avós e de mimos simples como o estrogofe com batata frita e de sobremesa chocolate no dia de morte da mãe, para amenizar um pouco do vazio deixado em uma história de muitas perguntas e poucas respostas.
Bruno jogou no Flamengo entre 2006 e 2010, conquistando um Brasileirão e três Cariocas. Depois da prisão, ele teve passagens por Boa, Poços de Caldas, Rio Branco e Atlético Carioca. Em maio deste ano, Bruno anunciou a aposentadoria dos campos, aos 36 anos.
Em liberdade desde 2019, o ex-jogador afirmou que tinha propostas para seguir no futebol, mas entrou no mercado financeiro, agora, ele atua como trader, operando compra e venda de ações a curto prazo.