Implante para prevenir gravidez de mulheres vulneráveis será lançado no SUS
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Implante para prevenir gravidez de mulheres vulneráveis será lançado no SUS


O Ministério da Saúde anunciou um novo método anticoncepcional que deverá ser incorporado ao SUS (Sistema Únido de Saúde). Em portaria aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro, a pasta afirmou que investirá R$ 40 milhões na incorporação do implante subdérmico de etonogestrel (medicação contraceptiva aplicada sob a pele).

O que gerou críticas é que o contraceptivo, no entanto, será direcionado a grupos específicos: trabalhadoras sexuais; mulheres em situação de rua; presidiárias; mulheres com HIV e mulheres com tuberculose.

"Devemos chamá-la pelo que é: esta é uma política marcadamente discriminatória, higienista, classista, racista e baseada em estigmas sobre as populações às quais se destina, que já sofrem obstáculos e impedimentos no exercício da maternidade e da autonomia corporal", afirmou a nota da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids.

A nota foi assinada por cerca de 30 movimentos sociais que se uniram também para subir hashtags nas redes sociais sobre o assunto, como #eugenianão e #acessouniversalsim. Para se juntar ao movimento, a associação disponibilizou este  link.

A portaria deve entrar em vigor dentro de 180 dias, de acordo com o Ministério da Saúde. A proposta atende, em teoria, o pedido para ampliar a oferta de contraceptivos pelo SUS para todas as mulheres em idade reprodutiva.


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