Entenda o que é a Síndrome de Burnout
Reprodução: Alto Astral
Entenda o que é a Síndrome de Burnout








Sem rede de apoio ocasionado pelo isolamento social , muitas mulheres têm que cuidar da casa, dos filhos sozinhas e ainda exercer suas profissões . Tudo isso gerou uma carga ainda mais pesada do que elas já vivenciavam. A neuropsiquiatra Gesika Amorim explica que a sensação de cansaço contínuo físico, emocional e mental tem nome: Síndrome de Burnout.

“É muito mais do que estresse, preocupação ou fadiga, o que todas experimentam de vez em quando. A pessoa não consegue descansar. Pode, dependendo do grau, levar à depressão, ansiedade e distúrbios do sono e de apetite”, detalha.

Para a especialista, as mulheres estão mais suscetíveis a experimentarem a Síndrome de Burnout já que exercem muitas tarefas em casa. “Não é de agora, mas a situação se agrava na pandemia. Antes, a mulher tinha uma jornada dupla, trabalhar dentro e fora de casa. Hoje, a jornada é múltipla e agora acumula diversas funções dentro de casa. Ela está sendo professora, ajudando na lição de casa, fazendo o almoço, cuidando da casa e trabalhando”, conta.



Como identificar a Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout trata-se de um esgotamento físico, emocional e mental devido ao estresse que a mulher sofre por conta das múltiplas tarefas em casa. 

“Mesmo após uma boa noite de sono, a pessoa vai levantar sentindo-se esgotada como no dia anterior, uma sensação de exaustão que parece não ter fim. Lembrando que é um cansaço geral, com dores no corpo, nervosismo, ansiedade, desânimo e desgaste emocional”, explica a médica.

A insônia, a falta de apetite e até o aumento de consumo de bebidas, cigarros e outras drogas também são sintomas associados. Amorim descreve que a quebra de rotina e a ansiedade causada pelas incertezas do futuro, podem potencializar não apenas a Síndrome de Burnout, mas inúmeros transtornos mentais.

Como lidar com a situação

Amorim aconselha a delegar funções para os outros que estão em casa. “Peça ajuda às crianças, segundo a idade de cada uma, para terem mais autonomia. O mais importante é estabelecer horário para cada coisa, tentar manter a rotina o mais próximo do normal e procurar ajuda se for preciso. Não seja perfeccionista e queira carregar o mundo nas costas”, diz.

A especialista comenta que é importante ter um tempo para fazer algo que goste diariamente. “Faça algo para você, como ler um livro, conversar com amigos, caminhar ou meditar. Tenha um momento de ócio”, conta. 

Ao menor sinal de depressão, ansiedade, irritabilidade, de exaustão física, mental e emocional, Amorim alerta para procurar um psicólogo ou um psiquiatra para um diagnóstico e assim buscar o tratamento ideal.

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