Na série Shippados, os personagens de Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch se conhecem após passarem por desculpas esfarrapadas e encontros horríveis com pessoas que haviam conhecido em aplicativos de encontro. Apesar da série ser de ficção, muitas pessoas têm histórias parecidas, seja dando a desculpa ou sofrendo com a desculpa.
O iG Delas reuniu alguns depoimentos de pessoas que fizeram de tudo para evitar um encontro e também de quem ja sofreu com o famoso 'caô'. Veja se você já ouviu uma desculpa semelhante ou se inspire para precisar de uma desculpa esfarrapada de respeito.
Trauma ou caô?
Roberto* estava prestes a sair com uma garota quando ela parou tudo e contou que estava com trauma recente de homem e preferia sair só com as amigas. "Ela disse que não era nada comigo. Mas aí no mesmo dia um amigo meu postou nos "melhores amigos" do Instagram que estava em um barzinho com ela. A garota não sabia que a gente era amigo, nem a gente sabia que os dois tinham o encontro marcado com ela. Moral da história: me senti péssimo mas me livrei de uma pessoa meio horrível", conta.
Amiga é coisa para se guardar
Para dar uma boa desculpa, nada como uma boa amiga. A estudante Beatriz Lopes ajudou a amiga a se livrar de um péssimo encontro. "Uma vez minha amiga tava num encontro horrível com um cara do Tinder que tinha levado ela pra assistir O Fantasma da Ópera. Eu tava indo pra Paulista 'trombar' uns amigos meus. Ela me liga do banheiro pedindo pra eu ligar pra ela em uns 5 minutos pra falar que eu tava malzona e precisava dela. Aí fiz, claro! Nos encontramos com outros amigos e ela se livrou do encontro", afirma.
Cientista maluco
A jornalista Paola Churchill teve uma péssima experiência com um encontro do Tinder. "Ele era muito gato, a gente se encontrou e ele deu a ideia conversar e ir para o motel. O pior é que eu não me toquei que tinha dado errado porque o papo fluía muito bem, mas aí tempo vai e o celular dele toca. Ele me pediu para ver e eu falei 'ué tudo bem', ele atendeu e falou que era psicólogo, que fazia experimentos e que era o primeiro dia de férias dele. Mas que as células cerebrais dos ratos dele estavam morrendo e que isso não poderia acontecer", diz.
Ele deixou Paola em uma lanchonete e até aí ela não havia notado nada de estranho. "Eu estava com fome né? E eu não tinha notado que era um caô e não tinha rato nenhum. Falei para minha amiga e ela me disse: 'isso me parece caô hein'. Mas eu segui acreditando, depois ele não me disse mais nada e sumiu. Ou seja: mentira né?", conta.
Fuga aos 45 minutos do segundo tempo
Juliana Ribeiro conheceu um cara no Tinder. No começo da conversa o papo fluía muito bem, até que ela decidiu ver as redes sociais do moço. "Marcamos um encontro e horas antes fui procurar o Facebook dele, como uma boa mana FBI. Pois bem, ele tinha opiniões completamente diferentes da minha: era pró-armamentista, pró-Bolsonaro e falava que as feministas eram nojentas que não se depilavam", conta.
Para evitar este encontro, ela inventou uma desculpa básica, mas que saiu pela culatra. "Inventei que estava com enxaqueca e não podia ir. Mas ele percebeu, talvez porque tenha sido logo após ele ter aceitado a solicitação de amizade. Então eu abri o jogo, falei que éramos incompatíveis e não ia rolar. Ele ficou irritado comigo por não dar uma chance para ele me provar que era um cara legal, que eu tava falando sem conhecer, que tava me precipitando em julgar ele tão fácil... Mas disso a conversa evoluiu para ele me xingar de gorda feminazi nojenta e levando um belo block", afirma.
Em cidades pequenas o caô se complica
A estudante Jennyfer Nogueira não se orgulha disso, mas o date era chato e ela tinha que despistá-lo. "A gente flertava, no começo era legal mas ele ficou muito pegajoso. Quando a gente conversava tinha uma química, mas não o bastante para eu ter a vontade de me arrumar como princesa para sair com ele. Minha sorte é que a faculdade e o trabalho me ajudavam a despistar", conta.
Mas como toda faculdade, há aquela semana de recesso por conta de congressos. "Ele sabia e me chamou para sair e eu disse que estava na minha avó, porque ela mora só e tal. Mas ela estava em outra cidade, de qualquer jeito ele perguntou o bairro. Falei e ele disse que morava lá, que a gente poderia ficar numa praça e tal. Aí inventei que iria levar a minha avó na UPA pois ela estava mal. Ele disse que a madrinha era enfermeira lá. Não aguentei mais dar desculpa e dispensei ele. O bom é que depois fiquei sabendo que ele é o tipo de boy que dá um beijo e fala que fez sexo por horas", conta.