A pandemia do novo coronavírus afastou algumas famílias. Pais ficaram sem ver os filhos mais novos, filhos que não podem ver os pais, irmãos que estão longe um do outro e etc. Com as estradas fechadas e a quarentena obrigatória em alguns estados, o distanciamento é dolorido, mas amenizado com as tecnologias.

Evelyn comemorou o aniversário de 18 anos da filha Emily por videoconferência
Arquivo pessoal
Evelyn comemorou o aniversário de 18 anos da filha Emily por videoconferência

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WhatsApp e Facebook tem ajudado a aproximar quem está longe nessa quarentena . A família de Evelyn Ferreira, por exemplo, precisou comemorar o aniversário da primogênita Emily, de 18 anos, por uma chamada de vídeo.

“Ela mora com o pai. Temos uma relação bem bacana em que todas as festas dela, depois do divórcio, sempre estamos presentes. Esse ano ela só ia fazer uma festinha com as amigas, mas aí com esses acontecimentos o pai dela resolveu comprar um bolinho e cantar parabéns. Fizemos uma chamada de vídeo”, explica a artesã ao iG .

Emily é mãe de mais duas meninas e tem mantido as crianças entretidas em casa com atividades de pintura e chás com bonecas.

À esquerda Bruna com toda a sua família, à direita ela, o marido e o filho Raul
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À esquerda Bruna com toda a sua família, à direita ela, o marido e o filho Raul

Outra família que está dividida é a da jornalista Bruna Vieira. Mãe do pequeno Raul, ela está em quarentena com o marido e longe dos pais. “Fico bem preocupada com eles, principalmente com meu pai que é o tipo de senhorzinho que não para quieto dentro de casa. Então passo o dia basicamente ligando e fazendo chamadas de vídeo e tentando ocupar o máximo o tempo do meu pai para ele não sair”, comenta.

As táticas para o pai permanecer em casa envolvem também o filho. “Quando estou ocupada faço o Raul ligar para ele. Também mando áudio e fotos todos os dias. Tanto para a minha mãe e sobrinha, quanto para os meus irmãos. Tentamos manter contato dessa forma todos os dias”, revela.

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As tradicionais visitas aos recém-nascidos também tem sido alteradas pelo coronavírus . Ângela Reis Batista deu à luz a pequena Manuela há 54 dias e tem recorrido ao celular para manter os avôs próximos da nova integrante da família.

"Faço assim, combino com a família paterna um horário em que todos estejam em casa. Realizamos uma videochamada pelo WhatsApp e nos falamos por uns 30 minutos. Mostro a bebê pela câmera, cada um fala o que viveu naquele dia, o que cozinhou, conta uma piada e etc. Ao final da ligação, realmente parece que nos vimos, mas a sensação de vazio existe, talvez falte o abraço para selar", comenta.

"No outro dia, repito a dose, agora com a família materna. Tios, tias, primos e primas, vovó e vovô buscam usar da tecnologia para atenuar a saudade. Ao final desses "encontros virtuais", resta a certeza de que o contato humano precisa existir, não somos nada sozinhos", finaliza.

Jogos online também estão servindo para amenizar a solidão

jogo
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Famílias tem investido em jogos online


A família Siqueira encontrou uma forma diferente de passar o tempo na quarentena: jogar Ludo, um jogo de tabuleiro online. Deusinete é a mais assídua na brincadeira "Eu gosto porque com essa crise que está acontecendo, a gente se distraí um pouco", comenta. E não é só entre os parentes, os amigos do filho também entraram na disputa "Ontem eu não ganhei, mas hoje já fui campeã", diz aos risos.

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Essas são só algumas das diversas histórias pelo Brasil. O que você tem feito para amenizar a distância dos seus familiares nessa quarentena ? Comente abaixo.

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