O movimento “body positive” ou pela positividade corporal , que valoriza e incentiva a aceitação dos diferentes tipos de corpos que existem por aí, não é apenas “uma tendência do momento”. É exatamente isso que o fotógrafo nova-iorquino Peter Devito quer mostrar em uma nova série fotográfica que compartilhou nas redes sociais.

O fotógrafo norte-americano Peter Devito decidiu mostrar os diferentes tipos de corpo em nova série de imagens
Reprodução/Instragram/peterdevito
O fotógrafo norte-americano Peter Devito decidiu mostrar os diferentes tipos de corpo em nova série de imagens


Com o nome de “More Than Just a Trend”, ou “Mais Do Que Uma Tendência”, em tradução literal para o português, a série de imagens foca em mostrar aquilo que as pessoas consideram ser “defeitos” e quebrar com a ideia de que os tipos de corpos precisam se adequar à um padrão para serem considerados bonitos.

Em entrevista ao portal da revista norte-americana “Allure”, Peter conta que percebeu que o movimento pela positividade corporal estava virando discussão quando o assunto era bem-estar, moda e beleza. Esse aumento de visibilidade fez com que ele e a modelo KhrystyAna se inspirassem para criar uma nova visão sobre o corpo.

“Conheci KhrystyAna no Instagram e ela me contou como não gosta que as pessoas tratem o ‘body positive’ como uma tendência que um dia vai acabar”, lembra. “Então começamos esse conceito de projeto e decidimos que era a melhor maneira de passar isso para as pessoas." 


Nas imagens, as modelos aparecem com tatuagens temporárias com escritos como “asiáticas têm curvas”, "meu corpo, minhas regras" e “me mostre um bumbum de verdade que tenha estrias”. Além disso, todas as fotos possuem uma mensagem, escrita pelas modelos, sobre o motivo pelo qual esse movimento de aceitação não deveria ser tratado como algo passageiro.

Segundo ele, a preocupação também vem de trabalhos anteriores, nos ensaios sobre acne ou tipos de peles diferentes, que ficaram conhecidos na internet porque os temas estavam “em alta” na época em que foram divulgados. Outra questão mencionada é a capitalização de movimentos, ou seja, quando produtos começam a surgir para atender a demanda desse público apenas porque é algo lucrativo nesse momento. 


“Quando as minhas fotos começaram a ter atenção, acne era algo que estava sendo muito discutido”, comenta. “Porém, ao mesmo tempo, minha pele estava melhorando [da acne] e quando publiquei uma foto de mim mesmo, as pessoas começaram a me mandar mensagem afirmando que eu não poderia falar sobre acne com uma pele lisa e limpa.”

“Espero que essa nova série fotográfica possa mostrar às pessoas que esse movimento não deve ser categorizado como uma tendência. Quando falamos disso, pensando em algo que vai durar pouco e essas coisas é uma parte crucial da vida das pessoas.” comenta.

Trabalho de Peter Devito exalta os vários tipos de corpos e de pessoas

Antes de exaltar os tipos de corpos, Peter Devito já havia trabalhado com representatividade de outras formas
Reprodução/Instagram/peterdevito
Antes de exaltar os tipos de corpos, Peter Devito já havia trabalhado com representatividade de outras formas

Como o próprio fotógrafo menciona na entrevista, essa não é a primeira vez que Peter Devito cria uma série fotográfica com temas que abordam os padrões de beleza. Anteriormente, ele já havia celebrado a  pele sem retoques e mostrando que está tudo bem em ter acne.

Em outro trabalho, ele quis mostrar a diversidade, não sobre os tipos de corpos , mas sobre as  diferentes peles que existem, dando destaque a modelos com vitiligo e albinismo, além de mulheres com sardas e que possuem marcas de nascença no rosto. Nos dois casos, ele seguiu o mesmo estilo de trabalho e passou sua mensagem através de tatuagens temporárias, coladas nos rostos das modelos que participaram dos projetos.

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