A italiana Silvia Dibbi já foi uma pessoa tímida e reservada. O comportamento mais fechado, segundo ela, tinha a ver com o seu nariz grande. Na adolescência, a moça conta que ouvia muitas piadas por não ter um nariz fino e pequeno, como a maioria das garotas. Com a autoestima baixa, ela diz que passou cerca de dez anos evitando tirar fotos . Sempre que precisava aparecer em algum registro, dava um jeitinho de cobrir o nariz com o cabelo.
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A história da mulher ficou conhecida após seu desabafo ser compartilhado em um post do Instagram, na página “Big Nose Positivity”, que tem o objetivo de reunir e passar mensagens positivas para mulheres que sofrem por terem o nariz grande . Em seu texto, Silvia contou que sua vida começou a mudar há pouco tempo, quando ela parou para perceber que não existe nada de errado em estar fora dos padrões de beleza .
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“Se há dez anos eu ficava chateada quando alguém olhava para o meu nariz, agora fico orgulhosa dele”, conta ela. Com uma sequência de fotos atuais, em que aparece mostrando o nariz sem medo, a italiana afirma ainda que as imperfeições são comuns e é por conta dessas características que as pessoas são bonitas de verdade. “Você é linda porque é você, com suas características únicas e especiais. Nunca esqueça disso”, aconselha outras mulheres.
Nariz grande já virou tema de campanha
Não é a primeira vez que uma história envolvendo o nariz de uma mulher ganha destaque na internet. Em fevereiro deste ano, a jornalista Radhika Sanghani criou uma campanha para combater o preconceito contra pessoas que têm o nariz avantajado e ficou entre os assuntos mais comentados. À época, a escritora fez um texto explicando que sempre teve vergonha de tirar fotos, mas resolveu mudar de ideia e encorajou outras mulheres a compartilharem cliques de perfil, mostrando a lateral do rosto.
Segundo a profissional, as pessoas olham torto para as mulheres que têm o nariz maior por não representarem a delicadeza feminina e isso precisa mudar. Silvia, que compartilhou sua história na internet, também acredita que esse preconceito está ligado ao poder da mídia e diz que falta representatividade no mundo da moda.
“Na era tecnológica, ainda é difícil sermos nós mesmos. É como um paradoxo, somos sociais e expostos, mas seguros e frágeis ao mesmo tempo”, avalia a mulher, que não acredita na felicidade exibida por muitos na redes sociais
e defende a exposição de pessoas com o nariz grande
. “A mídia pode nos deixar muito confusas, mas somos normais com nossos defeitos.”