A britânica Amy Chinnick foi diagnosticada com alopecia  em 2016. Na época, ela estava comemorando seu aniversário de 22 anos quando notou que havia perdido alguns fios de cabelo. Algumas semanas depois, notou que havia pontos calvos no couro cabeludo. Ela percebeu que a queda de cabelo era mais séria do que imaginou.

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Aos 22 anos de idade, a britânica Amy Chinnick descobriu que a queda de cabelo era sintoma de alopecia universalis
Reprodução/Instagram/amychinx Seguir
Aos 22 anos de idade, a britânica Amy Chinnick descobriu que a queda de cabelo era sintoma de alopecia universalis

Amy descobriu então que a queda de cabelo era sintoma da alopecia e pediu ajuda para o namorado, Ryan,  para raspar a cabeça, ficando careca. "Ele estava sendo tão corajoso por mim, mas naquela noite começou a chorar porque viu como o cabelo fazia diferença na vida de uma garota e como isso impactaria minha vida no início", relata a jovem em entrevista ao portal "Media Drum World". 

Essa, porém, não foi uma decisão difícil apenas para Ryan. Amy começou a se sentir insegura com a própria aparência e começou a usar perucas para evitar perguntas de conhecidos. “Meu pai comprou a minha primeira peruca, e era impossível pra mim sair de casa sem parecer 'normal'. Acabei descobrindo quem eram meus verdadeiros amigos porque algumas pessoas ficavam envergonhadas de andar comigo." 

Depois de um ano nessa situação, a jovem decidiu que era hora de parar de se esconder e compartilhou uma imagem sem peruca, contando aos amigos e familiares o que realmente havia acontecido. "Eu estava cansada de ficar me escondendo, então publiquei a foto no Facebook. Dessa forma, todos saberiam o que eu tenho e parariam de fazer perguntas sobre por que eu tenho estilos de cabelo tão diferentes quando mudo de peruca. Foi incrível sentir que eu poderia ser eu."

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Queda de cabelo se transformou em inspiração


Amy conta que a autoaceitação é um processo pelo qual ela teve que passar. "A pior parte foi lidar com ansiedade imaginando se as pessoas sabiam que era uma peruca ou se ia soltar da minha cabeça." Porém, depois que conseguiu lidar com a saúde mental, Amy também foi capaz de aceitar a própria aparência. 

"Eu sempre fui muito confiante, mas me tornei ainda mais depois que fiquei careca. Sinto que tenho muito mais a oferecer do que apenas o meu visual. Me sinto única e diferente, minha confiança não é de vaidade, mas é sobre ter orgulho de mim mesma e aceitar que o jeito com que pareço não é visto como 'normal' na sociedade atual. Sou mais forte e compassiva do que antes. Minha jornada me mudou como pessoa também." 

Os familiares, amigos e o namorado também fazem parte desse momento importante de Amy. "Minha família e amigos sempre me elogiam, falam sobre o quanto sou forte e como me tornei uma inspiração para outras pessoas. Mesmo que não seja legal ter alopecia, isso me fez enxergar que a condição existe e pode afetar as pessoas a qualquer hora." 

Segundo ela, a atitude positiva também é resultado das redes sociais. "Existem muitos grupos no Facebook e influenciadoras que falam sobre isso e que me fazem ver que eu não estou sozinha. Quando você pensa sobre isso, é apenas cabelo. Por que deixar isso impactar tanto a sua vida quando outras coisas te afetam muito mais?" 

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A ideia de Amy é ir no mesmo caminho que essas pessoas, gerando visibilidade sobre a condição que causa a  queda de cabelo . "Quero expor minha mensagem para as pessoas serem sempre positivas, olharem para além das normas sociais e continuar vivendo como quem elas são, com muito orgulho disso", finaliza. 

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