Policiais mulheres de Querétaro, no México, apresentaram queixas contra os comandantes masculinos as inspecionavam como parte do processo seletivo para uma nova unidade feminina no centro da cidade turística.
Segundo o site "The Guardian", Maricruz Ocampo, do Coincidir Mujeres, ONG de apoio a mulheres, contou que duas oficiais se queixaram para a Comissão de Direitos Humanos do estado.
As queixas aconteceram quando a polícia da cidade entrou em greve exigindo a renúncia do chefe Rolando Eugenio Hidalgo Eddy.
Ocampo disse que uma oficial do sexo feminino, que havia perdido um bebê recentemente, foi para uma inspeção em que seus superiores comentaram sobre sua aparência e peso e a chamaram de "barriguda". "Eu sou treinada para ser uma policial, e não uma modelo", disse a polícial, segundo Ocampo
Hidalgo Eddy já havia feito alto parecido em Aguascalientes, onde formou uma unidade de oficiais femininas que precisavam usar roupas coladas, salto alto e até batom em suas funções.
"É definitivamente discriminatória, e não há nenhuma evidência de que com a contratação de 'mulheres atraentes' eles vão fazer um trabalho melhor do que ninguém ", disse Jorge Kawas, analista de segurança na cidade também mexicana de Monterrey.
Recentemente, Acapulco também criou uma equipe de policias mulheres
Ocampo expressou preocupação. "As violações dos direitos humanos no interior da força vão eventualmente passar para o público", finaliza.