Praticar atividade ao ar livre é a preferência de muitos pelo país, inclusive daqueles que moram em cidades longe do mar, como São Paulo, onde é possível encontrar grupos de corrida, de ciclistas ou de treinamento funcional, por exemplo. Mas como se proteger do sol durante essas atividades?
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Se você pensou no protetor solar, está certa. De acordo com o dermatologista Elimar Gomes, doutor em oncologia pelo AC Camargo Cancer Center e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, ele tem de ser no mínimo com fator de proteção solar
30 e deve ser repassado sempre que necessário, como após um banho de piscina. Mas não é só isso, já que as formas de como se proteger do sol
são variadas.
Pensando ainda no protetor solar, vale buscar aqueles de melhor qualidade e os que vão se adaptar melhor à realidade de cada pessoa. Atualmente, além das versões em creme e spray, há também os protetores em bastão, muito indicados para pessoas que fazem atividade física por serem mais resistentes ao suor e à água, seja de piscina ou do mar.
Gomes explica que de qualquer forma a água vai retirar o produto da pele da pessoa, mas em menor intensidade quando se trata do produto em bastão.
Outra dica para quem pratica esportes ao ar livre na água vem dos surfistas - um grupo que, inclusive, precisa tomar cuidado triplicado com o sol e não costuma fazer o que deve. Muitos passam o protetor em creme no rosto e, após ele ter fixado na pele, passam por cima creme para assaduras, que é muito difícil de ser retirado apenas com água, então vai ficar lá por mais tento que um protetor solar comum, além de ser mais uma barreira contra os raios.
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Agora, se a pessoa não gosta mesmo de protetor em todo o corpo, uma boa alternativa, aprovada por especialistas, são as roupas com proteção UV. Sendo de boa qualidade, pode durar "uma vida". Já as mais baratas ou de baixa qualidade os especialistas recomendam trocar após 50 lavagens.
A pessoa não vai precisar passar protetor onde estiver protegida pela roupa, apenas onde a pele estiver exposta, então já reduz a quantidade de produto que precisa ser passado pelo corpo. Agora, se for tirar a roupa, não tem jeito, precisa passar protetor mesmo.
Para completar, bonés, viseiras e chapéus são sempre uma boa opção, assim como óculos de sol. Por fim, vale lembrar que a exposição solar deve ser evitada entre 10h e 16h, já que nesse período o sol é mais forte.
Para que saber como se proteger do sol?
O câncer de pele é o mais frequente no Brasil. Porém, ainda assim, ele é muito subestimado e negligenciado, como alertam o dermatologista e a oncologista Marina Sahade, do Hospital Sírio-Libanês.
Os especialistas estiveram presentes nesta semana em evento das farmacêuticas Merck e Pfizer, que se uniram para uma pesquisa sobre o câncer de pele e o conhecimento da população sobre o assunto. A divulgação dos dados se deu neste mês, dezembro, quando é realizada a campanha de prevenção da doença.
O estudo realizado pelo Ibope Conecta a pedido das farmacêuticas aponta que apenas 36% dos brasileiros aplicam protetor solar todos os dias. Os homens, que são os mais acometidos pela doença, também são os que menos usam o produto para proteger a pele dos raios solares
Além disso, quase 40% da população ignora sinais sugestivos de um tumor, como verruga ou mancha de cor vermelha, e há grande desconhecimento sobre os nomes e tipos de câncer de pele.
O estudo mostra ainda que a divulgação de formas de como se proteger do sol
, seja durante atividades físicas ou não, é importante também porque o desconhecimento do câncer de pele se acentua nas faixas etárias mais jovens, e um dos fatores de risco para doença é a exposição crônica ao sol. Para mais informações, acompanhe a página "Só na Endorfina"
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