Manchas na pele e melasma: a herança ruim do verão

Dermatologista Luann Lôbo explica os cuidados para reverter as marcas dos dias de sol sem a devida proteção

Manchas são herança ruim do verão
Foto: Reprodução/Pinterest
Manchas são herança ruim do verão



Chegamos ao inverno e aos dias frios, mas muita gente traz na pele as marcas do verão, que podem não ser assim tão especiais. É somente após a estação mais quente do ano que os resultados do descuido com a pele e a falta de proteção aparecem. E aí o choque ao se deparar com manchas escuras e até quadros de melasma, principalmente no rosto, é grande.

Nem tudo está perdido. É preciso apenas ficar de olho e procurar um tratamento mais adequado para o problema, sempre com médicos especialistas no assunto. “Ao notar manchas escurecidas na pele, principalmente após uma temporada curtindo o verão, algumas medidas a serem tomadas, a princípio são: evitar exposição solar excessiva nos horários de pico da radiação UVB (em torno das 10-16hrs) e usar adequadamente o filtro solar. Além disso, é sempre recomendado buscar seu médico dermatologista de confiança para estabelecer o diagnóstico adequado dessa mancha escurecida e, assim, determinar o melhor tratamento clareador”, aconselha o dermatologista Luann Lôbo, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.


Tipos de manchas


De acordo com o Dr. Luann, uma das manchas mais frequentes, e populares, que podem surgir após uma temporada de verão é o melasma, que depende, também, de condições genéticas e consiste em marcas escurecidas de contornos irregulares, comumente vistas na face. O sol pode provocar o surgimento do melasma, ou o agravamento do mesmo, caso a pessoa já apresenta essa condição.

“Outro quadro relativamente comum após o verão é a Fitofotomelanose, provocada por exposição solar associada ao contato direto da pele com suco de frutas cítricas (laranja, tangerina, limão), perfumes, algumas plantas e até refrigerantes. Nesse caso ocorrem lesões escuras, geralmente de aspecto pontilhado e de formatos irregulares. As regiões frequentemente afetadas pela Fitofotomelanose são as mãos, o colo e ao redor da boca”, explica o médico.
Ele ressalta, ainda, que quando há falta de cuidado com a exposição solar e ocorrem queimaduras, este trauma também pode gerar manchas escurecidas pós-inflamatórias, comuns na face e na região do tronco.

Foto: Reprodução: Alto Astral
As manchas têm tratamento




Tratamentos clareadores

Mas é possível reduzir e clarear bastante essas manchas que ficaram de “recordação” do verão, sempre com cuidado. As substâncias clareadoras da pele devem sempre ser determinadas pelo dermatologista após exame individualizado, para que não ocorram problemas mais sérios.

“Um esquema interessante, e que recomendo aos meus pacientes, consiste na prescrição de substâncias clareadoras para serem usadas no período noturno, e substâncias antioxidantes para aplicação durante o dia, sempre associadas ao fotoprotetor. A hidratação também é um pilar essencial no clareamento e uniformização do tom da pele. Antioxidantes orais e acessórios de barreira, com chapéus e óculos também são bem-vindos”, detalha o especialista.

No caso do melasma, além dos cuidados gerais já citados, também são recomendados procedimentos realizados em consultório como peelings, laser e microagulhamento, que promovem um bom resultado no clareamento da mancha.



“Mas é importante deixar claro que o melasma, por ter um pilar genético, não tem cura. Porém, existe controle. Com um bom esquema de tratamento, incluindo cuidados diários como uso do filtro solar e clareadores, aliados a tratamentos realizados em consultório dermatológico, existe um grande potencial de melhora estética, com redução expressiva da mancha”, pontua o Dr. Luann.

Manutenção dos cuidados


E não é só no rosto que podem aparecer as indesejáveis manchas pós-Verão. Outras partes do corpo também podem ser afetadas pelo problema e os produtos para a reversão dessas marcas podem ser os mesmos usados na face. Mas o dermatologista faz um alerta importante nesse caso: “Substâncias clareadoras prescritas para melhorar manchas do rosto também podem ser indicadas para tratar manchas corporais. Entretanto, a concentração e o veículo para o uso corporal tendem a ser diferentes. Por isso, não se aventure usando o produto facial no corpo. Procure orientações do seu dermatologista!”.
Depois de se conseguir um efetivo clareamento das manchas não se deve abrir a guarda e relaxar, não. A manutenção dos cuidados deve ser constante, uma prática diária dos cuidados com a saúde e o bem-estar.

“Após o clareamento das manchas e maior uniformidade de tom, determinamos um tratamento de manutenção (skincare), com substâncias que previnem a recorrência das manchas e uso constante de protetor solar. Estes cuidados de manutenção, além dos produtos de uso diário, podem incluir, também, procedimentos realizados em consultório, como a aplicação de lasers, por exemplo”,diz o Dr. Luann Lôbo.

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