Basta ficar mais ansioso ou tenso que mão vai para a boca e você começa a roer as unhas. Você não está sozinho. Segundo dermatologista Fabiana Seidl, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, esses sentimentos "alimentam" o mau hábito.

Roer unhas é um hábito de pessoas ansiosas e faz mal à saúde
Thinkstock
Roer unhas é um hábito de pessoas ansiosas e faz mal à saúde


 “O ato de roer as unhas acaba sendo uma maneira para aliviar os altos níveis de estresse e ansiedade”, afirma a especialista. Vira uma vávula de escape que pode até parecer algo simples, mas que carrega uma série de problemas. 

Por que roer unhas faz mal à saúde

O hábito, além de mexer com a estética das mãos, é também prejudicial à saúde. “As nossas unhas são locais de potencial acúmulo de micro-organismos, como bactérias, fungos e vírus. Ao colocá-las na boca acabamos ingerindo esses germes e corremos o risco de vir a desenvolver certos tipos de infecções gastrointestinais”, diz Fabiana.

Além disso, quando a pessoa rói a unha ela acaba danificando na cutícula, facilitando a entrada de germes e abrindo caminho para infecções e inflamações na região da unha.

“Outra consequência grave seria o desenvolvimento de tumores em áreas que sofrem traumas de repetição ao longo de diversos anos, como o carcinoma espinocelular, que é um tipo de câncer causado por um crescimento descontrolado de células escamosas anormais”, alerta a dermatologista.

Você viu?

Como parar de roer unha?            

Fabiana ainda dá três dicas para quem quer largar o vício de roer as unhas:

1. Pintar as unhas com esmaltes especiais

A demartologista afirma que existem alguns tipos de esmaltes incolores que têm um gosto amargo que fazem com que a pessoa evitem de colocar os dedos na boca.

2. Manter as unhas bem cortadas e lixadas

As unhas curtas evitam com que a pessoa fique tentada a roer as pontas, evitando o mau hábito. Além disso, outra dica que pode funcionar, segundo a dermatologista, é manter as  unhas bem feitas e pintadas , usando esmaltes tradicionais mesmo.

3. Procurar ajuda psicológica

A dermatologista ainda afirma que, se nenhuma das dicas der certo, o último passo é procurar um acompanhamento médico. “Procurar ajuda profissional de um psicólogo para tentar identificar qual é o real motivo que está levando a pessoa a manter esse hábito, que na maior parte dos casos tem um fundo ansioso. Ao tratar a ansiedade e controlá-la, consequentemente estará tratando esse mau hábito”.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!