O protetor solar é um item que não deve ficar de fora do nécessaire e precisa fazer parte da rotina de cuidados diários com a pele. No entanto, com tantas opções à disposição do consumidor, como escolher o ideal para você? Antes de responder essa pergunta, é importante saber quais os benefícios que o uso do produto traz à saúde.
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De acordo com Paola Pomerantzeff, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o protetor solar ajuda a combater várias lesões benignas e malignas desencadeadas pelo sol. “Podemos citar, por exemplo, manchas nas mãos e no rosto, melasma, sardas brancas nas pernas e nos braços e até câncer de pele, como melanoma”, diz.
Em relação ao câncer de pele, a profissional diz que o uso é muito importante. “Ele é capaz de prevenir os danos na pele causados pela radiação UVA e UVB. As duas têm capacidade de penetrar na pele e danificar o seu DNA e, assim, favorecer o aparecimento do câncer. Além disso, a UVB provoca vermelhidão, ardência e queimaduras”, pontua.
Como escolher o protetor solar ideal?
Na hora da compra, a dermatologista recomenda olhar os rótulos e escolher um produto que tenha, no mínimo, proteção FSP 30. “Se a sua pele é oleosa, prefira os séruns, ou aqueles em gel ou creme com toque seco ou efeito mate. Ainda existem produtos em pó. Se sua pele é mais madura ou ressecada, prefira os protetores em creme, que são mais hidratantes”, destaca.
Já quem tem manchas e precisa proteger ainda mais a pele, a orientação é escolher um protetor com cor. “A cor do protetor é devido a alguns protetores físicos que ele contém. E seriam uma proteção a mais para a pele”, diz Paola.
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Vale ainda entender se o protetor é físico ou químico. “Os dois tipos podem ser combinados em um mesmo produto”, diz Kédima Nassif, dermatologista e tricologista. “O filtro químico possui substâncias que atraem a radiação solar, evitando que ela incida no DNA celular que também tem atração pela radiação. Dessa forma, minimiza o ataque da luz ao DNA das células”, completa.
“Já os filtros físicos são compostos por minerais que refletem a radiação solar antes que ela penetre na pele e cause as alterações no DNA das células responsáveis pela formação do câncer”, fala a dermatologista e tricologista, que indica essa opção para gestantes e crianças, uma vez que não penetram na pele e possuem menos substâncias químicas, o que diminui a chance de alergias e irritações.
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Segundo Isabel Luiza Piatti, especialista em Estética e Cosmetologia, para o consumidor final, a tarefa de identificar se um filtro é físico ou químico pode ser mais complicada. "Isso é visto pelo INCI no rótulo encontrado dos ingredientes", diz. Por isso, caso tenha dúvidas, procure um profissional qualificado, que poderá lhe auxiliar na escolha.
Ainda é importante comprar marcas que sejam dermatologicamente testadas. “Para pessoas muito alérgicas, a substância PABA deve ser evitada nas fórmulas. Lembrar que, até os seis meses de idade, a fotoproteção infantil não deve ser com filtro solar, mas com métodos de barreira como chapéu, boné, roupas com filtro solar e de manga longa e sombrinhas”, diz Kédima.
Confira, na galeria, opções de produtos:
Saber quando - e como - aplicá-lo é fundamental
Além de saber escolher o produto, é importante também saber quando aplicá-lo. “O protetor solar deve ser aplicado 15 a 20 minutos antes da exposição solar e deve ser reaplicado a cada 2 horas. Toda vez que mergulhar no mar ou piscina ou houver sudorese, o protetor deve ser reaplicado, mesmo que esse seja a prova d’água”, orienta Paola.
Sobre a quantidade, a recomendação é seguir a “regra da colher de chá”. “Aplicar 1 colher de chá de filtro solar na face, o mesmo no pescoço, 2 colheres de chá para a porção da frente do tronco e 2 para a porção de trás, 1 para braço e antebraço direito e 1 para esquerdo e 2 para coxa e pernas direitas e 2 para esquerdas”, ensina Kédima.
Há riscos em usar protetor solar vencido?
A resposta é sim. Segundo Isabel, a primeira orientação é a de nunca utilizar produtos cosméticos fora de sua validade. “Dependendo das matérias-primas contidas, o produto fica sujeito a desenvolver micro-organismos patogênicos que podem causar reações adversas e serem prejudiciais à saúde”, diz.
A profissional explica que, em contato com a pele, esse produto pode provocar desde irritação, dermatite, reação alérgica, até infecção mais grave caso a pele já tenha alguma lesão. Além disso, outra consequência séria é o cosmético perder suas propriedades e parar de realizar suas funções.
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Além disso, se você identificar alterações como mudança na cor, odor ou ver que o protetor solar tornou-se seco ou oleoso, por exemplo, o uso deve ser interrompido imediatamente. E se você tiver quaisquer dúvidas sobre qual produto é o melhor para você, procure um dermatologista, que poderá avaliar e indicar a opção ideal, de acordo com a sua pele.