No sexo, tudo é permitido — desde que os envolvidos estejam de acordo. Para a ginecologista e associada da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR) Aline Leite, sexo é como criatividade: não possui limites, mas todos precisam estar afim da mesma coisa.
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"Qualquer prática sexual, seja ela mais tradicional ou mais ousada, precisa ser consensual para que haja diversão e prazer. Caso alguém não esteja disposto, é preciso dizer não e esse não deve ser respeitado. Ninguém precisa fazer nada apenas para agradar o outro", opina.
Para ela, isso se estende desde propostas mais inusitadas, como a ida a uma casa de swing,
por exemplo, até uma posição diferente na hora H. "Se aquilo vai divertir, vale a pena. Mas caso cause algum desconforto ou constrangimento, não pode haver receio de negar a prática. E, claro, deve-se sempre usar preservativo".
Um ponto importante ressaltado pela especialista é que estão aumentando os casos de sífilis, principalmente entre mulheres casadas. Por isso, na sua opinião, é fundamental conversar com o parceiro e usar proteção mesmo quando existe um relacionamento sólido e de longa data. Além da sífilis, outras doenças sexualmente transmissíveis e silenciosas estão com alta prevalência, como clamídia, herpes genital, HPV e hepatite.
"Sempre aconselho minhas pacientes a proporem algo de que os dois gostem. Os dois precisam estar felizes e satisfeitos no final das contas, para que o relacionamento seja saudável e satisfatório para ambos. E nesse ponto, o diálogo é fundamental".
Muitos homens e mulheres desconhecem o corpo feminino e resumem seu órgão sexual à vagina e à vulva — o que não é verdade. O maior órgão sexual da mulher é o clitóris, e a maioria delas sente prazer só com sua ativação. O clitóris possui o dobro da sensibilidade da glande masculina, que é a parte do corpo masculino com maior sensibilidade no homem.
"A mulher precisa saber o que traz prazer, conhecer o próprio corpo e comunicar isso ao parceiro. Ele, por sua vez, deve estar atento ao que pode proporcionar mais relaxamento e excitação, para que o ato sexual traga plenitude e proporcione satisfação".
Há muitos mitos sobre o prazer feminino que atrapalham o sexo, como, por exemplo, acreditar que o tamanho do órgão sexual influencia no prazer. "A parte mais sensível da vagina está nos primeiros três a quatro centímetros, logo a profundidade da penetração não muda nada", informa a médica.
Há muitas outras áreas erógenas que podem ser exploradas, por isso o casal deve conversar sobre o que gosta na cama.
"Áreas como a nuca, o pé e a região lombar possuem muitas terminações nervosas e trazem sensações especiais. Aliás, são regiões em que as mulheres costumam se tatuar. Portanto, os homens devem observar, pois as mulheres estão se pintando em partes do corpo onde gostariam de ser tocadas".