Júlia* estava vivendo o relacionamento dos sonhos quando descobriu que, na verdade, o noivo com quem estava prestes a comprar um apartamento já tinha outra família. Em relato ao Delas, ela conta os detalhes do caso que aconteceu entre os anos de 2013 e 2014.
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Na época, os dois se conheceram por acaso, já que ele estava morando em São Paulo a trabalho. No início, a mulher que tinha 30 anos na época não se interessou muito pelo homem de 39 anos, mas deu uma chance. Eles começaram a sair e logo se envolveram.
“Ele me pediu em namoro bem rápido e com um mês estávamos vivendo um namoro de sonhos. Viajávamos, almoçávamos juntos, e qualquer oportunidade que tínhamos a gente estava junto”, relata. Nesse período, ela conta que até fizeram uma viagem a Buenos Aires para uma “mini lua de mel”.
Ela conta que com seis meses de namoro ele chamou os pais dela para um jantar e a pediu em casamento. Logo depois, fizeram uma viagem romântica a Paris, onde ele reforçou o pedido de casamento em frente à Torre Eiffel “com a aliança mais cara do que qualquer coisa que já havia visto na vida”.
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Na volta da viagem, eles encontraram um apartamento para comprar e finalmente realizar o sonho de morar junto. “No dia que combinamos de assinar a compra do apartamento precisei de um documento e não conseguia falar com ele. Fui no amigo Google e foi onde a casa despencou”, diz.
Ele era casado...
Na pesquisa, ela encontrou o perfil do Facebook da mulher que era “ex” do seu noivo. No entanto, estava o estado civil de casada e ainda tinha várias fotos recentes com o homem. “O mundo caiu na cabeça”, desabafa.
Mais tarde, descobriu que quando foram para Paris ele disse que ia a trabalho e foi a outra que o deixou no aeroporto. Após a descoberta da traição , eles terminaram. Porém, não foi fácil seguir em frente. “Passei um ano bem depressiva e triste, me trouxe um trauma tão grande que até hoje tenho medo de relacionamentos”, relata.
Agora ela até brinca e fala que consegue rir da situação. “Mas com certeza isso me marcou para a vida toda. Você não imagina que alguém é capaz de ser tão cruel”, diz. E ela ainda completa: “Se ele queria uma relação extraconjugal poderia ter ficado com qualquer pessoa que aceita isso”.
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A mulher também conta que passou anos se sentindo culpada pela situação, mas com a ajuda da terapia conseguiu entender que o culpado sempre foi ele. “É triste você montar um castelo e alguém desmoronar sem se preocupar com o que você sentia. Uma ferida, cicatrizada, mas marcada pra sempre”, termina.
*Nome alterado para preservar a identidade da personagem